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Brasília

Galeria da Câmara vira arquibancada e votação sobre Instituto está tensa

Arquivo Geral

20/06/2017 16h08

Rogaciano José/divulgação

Eric Zambon
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O plenário da Câmara Legislativa virou palco de um Fla-Flu político, em virtude da votação para transformar o Hospital de Base em Instituto. A galeria da Casa, com capacidade para 200 pessoas, foi dividida entre manifestantes pró e contra a proposta enviada pelo Buriti e eles cobram muito os deputados distritais durante os discursos.

Governistas como Lira (PHS) e Rodrigo Delmasso (Podemos) foram tachados de “vendidos”, enquanto os opositores Chico Vigilante (PT) e Raimundo Ribeiro (PPS) foram acusados de “traição ao povo”. Em meio a ânimos exaltados, Celina Leão (PPS) é o presidente da Casa, Joe Valle (PDT) pediram por respeito aos discursos alheios e foram respeitados.

Antes reservados às galerias repletas de manifestantes pró e contra o projeto, os conflitos passaram a acontecer entre os deputados.

Depois de o governista Lira (PHS) criticar as entidades sindicais contrárias ao Instituto, Wellington Luiz (PMDB) rebateu em tom exaltado. Lira ironizou que muitos sindicalistas dão “sanduíche de mortandela (sic)” a seus pares enquanto comem em churrascarias chiques. “O senhor nunca presidiu um sindicato. Eu o convido a passar um mês em uma entidade para ver como é a realidade”, respondeu o peemedebista em tom áspero.

Chico Vigilante (PT) ainda entendeu, na fala de Lira, uma crítica velada às ex-deputadas Maninha e Arlete Sales, ambas com passados ligados a sindicatos. As duas estão no plenário e engrossam o coro da oposição. Raimundo Ribeiro (PPS) também saiu em defesa das ex-parlamentares.

Ainda não há previsão para início da votação. Por enquanto, os deputados utilizam todo o tempo de manifestação para defender o projeto e atacar ou defender o governo.

Do lado de fora da Câmara, ainda há uma centena de manifestantes pró e contra o Instituto e a Polícia Militar monitora a situação. Conforme mostrou a reportagem do Jornal de Brasília da última segunda-feira, o Buriti deve aprovar a proposta por ter cativado a maioria da Casa.

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