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Brasília

Funkeiros protestam contra proposta de lei que criminaliza o funk

Arquivo Geral

23/06/2017 15h03

Breno Esaki

A proposta de lei que criminaliza o funk chegou ao Senado com as mais de 20 mil assinaturas necessárias para ser discutida dentro da Casa. Alguns funkeiros de Brasília como MC Bandida, Ítalo Brendon e o DJ Hernan Araújo, se reuniram hoje (23), em frente ao Congresso Nacional, para manifestar revolta.

Idealizada pelo empresário paulista Marcelo Alonso, a proposta considera o gênero musical como um “crime de saúde pública desta ‘falsa cultura’ denominada ‘funk’”. Ainda segundo o projeto, os chamados bailes de “pancadões” estimulam a prática de crimes contra crianças e adolescentes, promovendo o uso, venda e consumo de álcool e drogas, bem como o agenciamento, orgia e exploração sexual.

MC Bandida explica que “funk é arte, alegria, é família, é a forma da gente se expressar”. Além disso, o ritmo garante o emprego dos artistas. “É o meu trabalho há 4 anos. Eu vivo disso, minha família é sustentada por isso. Se criminalizarem o funk muita gente vai ficar desempregada. A gente vai viver de que? Eu só sei dançar e cantar, esse é o meu trabalho”, defende.

Uma audiência pública está marcada para o dia 15/7 para tratar sobre a proposta. Artistas famosos como Anitta, Koringa e Nego do Borel foram convidados pelo senador Romário, relator da matéria na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH).”Nem que a gente faça um baile funk na frente do Congresso, nós vamos barrar essa proposta. O trabalho das pessoas tem que ser respeitado”, conclui a funkeira.

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