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Mais um caso entra para a triste estatística de feminicídio no Distrito Federal. Um homem de 24 anos foi preso acusado de assassinar a ex-companheira, de 23, na tarde dessa quarta-feira (6), em Samambaia Norte. Segundo a Polícia Civil, após o crime, o homem tentou se matar, desferindo diversas facadas no tórax e abdome. O acusado foi socorrido em estado grave e encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde permanece hospitalizado.
No domingo (3), o rapaz havia sido autuado por injúria, ameaça, dano qualificado e vias de fato, no âmbito da Lei Maria da Penha. Na ocasião, ele ameaçou a companheira e destruiu diversos objetos do interior da casa. O fato ocorreu após a mulher informá-lo que não tinha mais interesse no relacionamento.
Naquele dia, vizinhos assustados com a confusão acionaram a polícia e todos foram conduzidos à delegacia para o registro do flagrante. Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram a situação do apartamento depois da briga de domingo.
De acordo com a PCDF, ele foi autuado em flagrante por feminicídio e por descumprimento de decisão judicial de medidas protetivas de urgência.
Caso Jéssyka
Há cerca de um mês, outro caso de feminícidio chocou a população do DF. Jéssyka Laynara da Silva Souza teve a vida interrompida aos 25 anos. O ex-namorado, um soldado da Polícia Militar, não aceitava o fim do relacionamento e matou a jovem com cinco tiros, na QNO 15, em Ceilândia. Após o crime, o militar seguiu para uma academia na EQNO 2/4, onde efetuou três disparos contra um professor. O homem de 29 anos foi atingido no peito, na mão e na perna.
Dados
No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram cinco feminicídios para cada grupo de 100 mil mulheres. Conforme informações de 2015 do IBGE, a Lei Maria da Penha contribuiu para a diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas.
A Lei do Feminicídio foi sancionada em 2015 e colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos. Em dezembro daquele ano aconteceu a primeira condenação no DF, por crime ocorrido no Riacho Fundo.
Não se cale
A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) recebe denúncias anônimas, durante 24 horas, em todo o País.
No DF, há uma Delegacia Especial de Atendimento a Mulher na 204/205 Sul. O telefone da PCDF é o 197.