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Brasília

Familiares e amigos se despedem da passageira baleada durante um assalto a ônibus na BR-040

Arquivo Geral

12/10/2017 13h08

Myke Sena

Raphaella Sconetto
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Familiares e amigos velam, nesta quinta-feira (12), o corpo da passageira que morreu durante um assalto a ônibus na BR-040. A atendente de caixa Liliane Dourado, de 31 anos, foi atingida na cabeça depois que um ex-policial militar começou a trocar tiros com os assaltantes, na noite de segunda-feira (9). O enterro está marcado para acontecer às 14h30.

O marido de Liliane estava no momento do assalto e, emocionado, relembra que tudo aconteceu em questão de segundos. “Eram três bandidos. Eles passaram a roleta e anunciaram o assalto. Na mesma hora, o policial, que estava lá no fundo, gritou e começou a troca de tiros. Eu falei pra ela abaixar, aí quando acabou eu levantei ela e na mesma hora vi o sangue”, detalha o cabeleireiro Manoel dos Santos Dourado, de 35 anos. O casal comemorava quatro anos de casados, no dia em que tudo ocorreu.

Myke Sena

Myke Sena

Manoel e Liliane se mudaram há 19 dias do Gama para a Cidade Ocidental. “Fazia pouco tempo que a gente pegava esse ônibus. Ela estava feliz, tinha mudado e estava morando perto de uma irmã”, conta o marido. O tiroteio aconteceu por volta das 21h10. “A gente pegou o ônibus na rodoviária era 20h30. Faltava pouco para gente chegar em casa”, lamenta.

O homem acredita que se o policial não tivesse se identificado, a vida da sua mulher teria sido poupada. “Tinha 29 pessoas dentro do ônibus. Foi irresponsável, ele colocou a vida de todos em risco. Mas, a única atingida foi a minha mulher”, afirma. O que conforta Manoel nesse momento de tristeza é a lembrança dos anos que foram casados. “Eu não tenho palavras para descrevê-la. Vou me lembrar de todos os momentos bons que vivemos, porque a gente foi um casal muito unido e feliz, a gente não brigava”, relembra.

Agora, o marido de Liliane quer justiça: “Um morreu, outro foi atingido no ombro e outro fugiu. Me falaram que já conseguiram pegá-lo, mas espero que a justiça seja feita. Eles têm que pagar por tudo que fizera”, conclui Manoel.

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