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Brasília

Família de jovem morto aguarda prisão de assassino há um mês

Arquivo Geral

21/06/2018 17h42

Ana Clara Arantes
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Depois de pouco mais de um mês da morte de Mayko Tavares da Silva, jovem de 15 anos encontrado morto em um terreno em Planaltina (GO), a família ainda espera por justiça. O rapaz desapareceu no dia 16 de maio, quando saiu de casa para ir à escola, e não retornou mais.

Segundo o delegado Antônio Humberto Soares Costa, da Delegacia de Homicídios de Planaltina, as investigações estão em fase final. “Estamos perto de pedir a prisão do suspeito”, informa. Na época do crime, a polícia já havia identificado um jovem de 18 anos que, de acordo com o delegado, era desafeto da vítima. Ambos já tiveram várias brigas na rua.

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A polícia acredita que exista mais alguém envolvido no caso: “Estamos trabalhando com conjecturas. Pela forma que o crime foi praticado, acreditamos que haja envolvimento de mais de uma pessoa no crime”, analisa o delegado.

Impunidade
O suposto autor do crime estava preso por roubo em Brasília, mas foi posto em liberdade. A mãe de Maiko acredita que a liberdade dele é uma impunidade que pode levá-lo a cometer outros crimes e destruir a vida de outras famílias. De acordo com ela, são três suspeitos envolvidos no caso. Ela relata que a polícia sabe quem são, mas não toma providências.

“Quero lutar por justiça. Se fosse uma vítima rica, a polícia já estaria fazendo algo. Mas, como somos pobres, não dão importância”, desabafa Eni Tavares Monteiro, 56, doméstica.

Segundo ela, a polícia busca informar à família sempre que possível, mas a única coisa dita é que as investigações estão em andamento.

A doméstica diz que todos na rua em que mora sabem quem matou Maiko. Mas os moradores têm medo de depor por possíveis ameaças  dos suspeitos soltos.

A mãe do jovem relata que a falta de justiça aumenta a dor da perda. “É muito difícil saber que tudo está impune. Nunca pensei que passaria por uma dor terrível como essa. A crueldade foi grande e a polícia parece não se importar”, lamenta.

Eni com o filho, Maiko. Foto: Arquivo pessoal

“Tudo dentro de casa me lembra meu filho. Tive que tirar as roupas dele, já que não conseguia mais olhar para o guarda-roupas e ver tudo ali. É muito duro para a gente ficar sem ele”, emociona-se Eni.

Segundo a Delegacia de Homicídios, ele foi assassinado com diversas facadas.

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