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Brasília

Falso juiz que aplicou golpe em Planaltina levou R$ 65 mil de vítima

Arquivo Geral

06/12/2018 14h52

Documentos que Adriano usava para se assumir como membro do Judiciário. Foto: Divulgação.

Ana Karolline Rodrigues

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Segundo a Polícia Civil, o falso juiz de Direito preso por vender um lote que não lhe pertencia não agiu sozinho. Adriano Vaz de Melo Trindade, 46 anos, arquitetou o golpe com ajuda da esposa, Edite Aparecida Trindade – que responde em liberdade – e outro comparsa, Marcelo Vieira Vidal, que está sendo investigado pelo mesmo crime. O caso é considerado estelionato e envolvia um terreno no Setor Residencial Oeste de Planaltina.

 

 

Adriano Trindade foi encontrado na casa em que vive com a esposa, em Planaltina. Foto: Divulgação.

De acordo com o delegado-adjunto Luiz Gustavo Neiva, da 16ª DP (Planaltina), este não foi o primeiro golpe e Adriano. Conversas no WhatsApp indicam que o acusado e a esposa realizaram várias negociações com as vítimas, casos que estão ainda sob investigação.

Segundo Neiva, a polícia ainda não tem a informação se o estelionatário era de fato um juiz arbitral – como consta no documento que ele utilizava, e que representa magistrados arbitrários em casos de negociações entre civis, nada relacionados aos juízes de Direito. Entretanto, para atrair a confiança das vítimas, ele usava apenas o nome de juiz, dando a entender que seria integrante do Judiciário.

O delegado explica que, mesmo se o acusado for um juiz arbitral, ele não poderia se passar por juiz, uma vez que aquele não pertence ao Judiciário. “Os arbitrais são mediadores que atuam em causas cíveis, para fazer uma mediação entre as partes de um caso, mas não tem nada a ver com o cargo de um juiz de Direito do Judiciário”, reforça.

Sobre ter cometido o golpe, o falso juiz confessa o crime, mas dá uma versão diferente: ele afirma que só revendeu o lote inicialmente oferecido à vítima pelo comparsa, Marcelo. Ao Jornal de Brasília, o acusado ainda afirmou que atualmente “faz o curso de Direito e está no no segundo semestre”.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) começou a investigação ainda em abril, quando a vítima do golpe, que perdeu R$ 65 mil, fez a denúncia na delegacia. No entanto, o delegado afirma que existe uma grande dificuldade em comprovar estes casos de estelionato e, portanto, só obteve a prisão preventiva do acusado nessa quarta-feira (5). Por conta do crime, Adriano pode pegar de um a cinco anos de prisão, caso seja condenado.

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