Da Redação
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O ex-diplomata Renato de Ávila Viana foi condenado pela Justiça do Distrito Federal a cumprir prisão em regime inicial semi-aberto pela prática do crime de lesão corporal e ameaça, em âmbito de violência doméstica contra a ex-namorada. Além da pena de 1 ano e 08 meses de reclusão, 7 meses e 26 dias de detenção, o juiz manteve as medidas protetivas deferidas anteriormente, bem como o bloqueio de R$ 55 mil correspondentes à indenização por danos morais que devem ser pagos a mulher.
A decisão do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher ocorreu na última terça-feira(11). O magistrado ainda negou o direito do réu de recorrer da decisão em liberdade e afirmou que “as infrações praticadas no contexto de violência doméstica são de extrema ofensividade social”.
“Embora primário de bons antecedentes, a conduta social do acusado recomenda um regime mais grave que o aberto e mais brando que o fechado”, declarou.
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Denúncia
Renato de Ávila Viana foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios após as acusações de agressões contra a ex-namorada em 2016. Segundo o MPDFT, nos registros policiais constam que o casal se desentendeu no interior de um quarto de motel, momento em que o acusado agrediu a vitima com tapas, murros, puxões de cabelo, chegando a quebrar seu dente da frente, entre outras lesões descritas em laudo pericial, além de ameaçá-la de morte.
No dia 19 de setembro deste ano, o ex-diplomata se envolveu em um novo episódio de agressão. A Polícia Militar foi acionada por moradores do Bloco H da 304 Norte, após uma mulher pedir por socorro dentro de um dos apartamentos. Após verificação, foi percebido que se tratava de Renato de Ávila e da namorada.
Demissão do Itamaraty
Após anos de processos administrativos correndo no Ministério das Relações Exteriores e de mais de uma acusação de agredir mulheres, o diplomata Renato de Ávila Viana foi demitido. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), um dia após ele se envolver em uma nova confusão no Plano Piloto.
Dentro do Itamaraty, ele já respondia por suposta agressão a uma outra servidora, além de já ter sido alvo de outros processos por má conduta durante o tempo de serviço fora do país.
A defesa de Renato de Ávila afirmou que a demissão não foi uma surpresa, já que ele sofria “perseguição política” por ter se oposto a algumas práticas conduzidas pelo Itamaraty. Em relação ao caso de violência doméstica de ontem, ela nega que seu cliente tenha agredido a namorada. “Ela teve um surto porque não queria ficar sozinha com a mãe que tenta interná-la”, afirma a advogada Dênia Érica Gomes Magalhães. Após o fato, a jovem teria sido internada em uma clínica por sofrer “de um transtorno mental”.
A demissão do, agora, ex-diplomata Renato de Ávila foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) hoje. Foto: reprodução
