Estudante da UnB é aprovado no MIT, nos EUA, mas precisa de doações

Lígia Vieira
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O estudante de Física da Universidade de Brasília (UnB) Rafael Ferreira, 20 anos, obteve uma conquista notável. Ele foi aceito para fazer um intercâmbio, durante seis meses, na melhor universidade do mundo quando o assunto é Física – o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Porém, falta um passo para conseguir estar lá em 31 de janeiro, quando as aulas começam: pagar o semestre que custa US$ 25.570.

Então, Rafael lançou uma campanha coletiva para arrecadar R$ 100 mil. Por meio da plataforma Vakinha, qualquer pessoa pode doar valores entre R$ 25 e R$ 10 mil. Além disso, o estudante recebe doações por transferência bancária – Banco do Brasil, agência 3476-2 e conta corrente 27870-x.

Atualmente, o universitário participa de um projeto voluntário que passa nas escolas do DF e ajuda os estudantes a alcançar os sonhos por meio do estudo. Com este financiamento, quer realizar o desejo da vida, que é mudar o mundo por meio da Ciência. Desde pequeno, o jovem é incentivado a estudar e persistir. “Minha avó sempre dizia: ‘O conhecimento ninguém pode tirar de você’”, relembra.

Antes de ser aceito, Rafael teve de comprovar que tem talento, capacidade intelectual e domínio da língua inglesa para conseguir o aceite da instituição americana. “Quando o e-mail do MIT chegou, foi a realização de um sonho. Fiquei muito feliz com a oportunidade de estudar em uma das melhores universidades do mundo”, comemora.

Apesar de não ter o dinheiro para pagar o semestre, ele faz planos para o momento em que chegar ao MIT. “Já pesquisei quais professores atuam nas áreas que eu tenho interesse e quando chegar lá vou conversar com eles para fazer pesquisas”.

Outras conquistas

Quando ainda estava na escola, Rafael conseguiu uma bolsa de estudos e se tornou aluno do colégio Leonardo da Vinci. Ali, ele sempre ficou em primeiro lugar no ranking entre os colegas do centro de ensino desde o 6º ano, recebeu medalhas e também criou o Clube de Química, no qual  a equipe transformava óleo de usado da cantina em biodiesel.

A entrada na universidade foi um momento de celebração, quando ficou em segundo lugar para o curso de Física na UnB. O jovem tinha nota para passar em outros mais concorridos, como Medicina e Direito, além de ter sido admitido em outras instituições federais do País.