Menu
Brasília

Estelionatário conhecido como ‘Don Juan do Cerrado’ é preso no DF

Arquivo Geral

23/08/2017 20h41

Foto: Kléber Lima

Raphaella Sconetto
[email protected]

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (23) um estelionatário conhecido como “Don Juan do Cerrado”. Segundo as investigações, Glauco D. Saraiva, 44 anos, aplicava golpes em mulheres após conhecê-las em redes sociais de relacionamento. Ele marcava um encontro, as drogava com um remédio psicoativo e depois roubava os pertences. Em alguns casos, ele chegou a praticar relações sexuais com as vítimas.

O primeiro caso que chegou à Coordenação de Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) foi em 2015. “Era a denúncia de uma mulher que disse ter conhecido um rapaz em uma rede social. Até que decidiram sair. No bar, quando ela foi ao banheiro e retornou, ele se recusou a continuar bebendo a mesma bebida. E depois ela não se lembra mais do que aconteceu”, conta o delegado- adjunto da Corf, Robson Almeida. Depois desse caso, outros surgiram. “Foram mais quatro ocorrências de vítimas que não se lembravam o que acontecia”, detalha.

Para seduzir as mulheres, o “Don Juan do Cerrado” se apresentava como delegado de uma certa federação de direitos humanos. Ele usava, inclusive, um distintivo. “Todas credenciais são emitidas pelo órgão, mas a polícia ainda investiga em quais condições”, diz Almeida. Até o carro particular se assemelha a uma viatura descaracterizada.

Cinco vítimas identificadas

  • Até o momento, já foram cinco mulheres identificadas. A Polícia Civil vai indiciá-lo, inicialmente, pelo crime de roubo, mas vai trabalhar também com a possibilidade de estupro, pois Glauco confessou que manteve relações sexuais com algumas das vítimas desacordadas.

Para drogar as mulheres, que ele escolhia preferencialmente as que tinham entre 30 e 40 anos. Glauco colocava um comprimido de Rivotril dentro de uma pastilha de menta. “Como a vítima estava bebendo, isso potencializava os efeitos”, detalha o delegado da Corf. “Quando elas retomavam a consciência, sentiam falta de pertences, como bolsa e celular”, acrescenta.

Para o bel-prazer

O homem natural de Teresina (PI) confessa que saía com as mulheres que conhecia nas redes sociais. Ao ser questionado sobre o motivo de drogá-las, ele afirma que sentia prazer em vê-las dopadas. “Era pra ver se tinham o mesmo sintoma que eu tinha, quando tomo o Rivotril. Eu fico tonto, falo bobagem, você ri”, argumenta.

No entanto, ele nega que tenha estuprado as vítimas. “Algumas eu deixava em casa, e outras, de forma consensual, levava para o motel”, justifica. Ele também nega os roubos: “Só levei três celulares e não vendi nenhum. Fiz porque o acordo era quebrado: eu pagaria a saída, e elas, o motel”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado