Pedro Marra
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Eles não lutam apenas pela segurança da população de Brasília. No Mundial de Policiais e Bombeiros, ocorrido entre os dias 6 e 16 deste mês, em Los Angeles, nos EUA, a equipe de artes marciais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), composta por 15 policiais, alcançou o recorde de 17 medalhas em três categorias: judô, submission (jiu-jitsu sem quimono) e karatê. O grupo fez parte da delegação brasileira, que levou a prata no quadro geral por equipes, com 104 medalhas no total. A equipe brasiliense de lutas conquistou nove medalhas de ouro, sete de prata e uma de bronze.
Seguindo o ditado de que “a união faz a força”, o coronel Jorge Cronemberg comemora o fato de ter coordenado a equipe. “Foi a união que elevou essa conquista. A gente tava se preparando desde meio do ano passado”, comenta. Na próxima quarta-feira (23), será feita uma reunião geral para divulgar o desempenho da equipe.
Dado como o maior evento esportivo mundial entre servidores da Segurança Pública, os Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros é uma competição que reúne cerca de 20 mil atletas em mais de 100 modalidades esportivas. Na equipe de lutadores, o policial militar e lutador do Ultimate Fighting Championship (UFC), Paulo Thiago, ganhou a prata no submission. “Aliar a rotina de policial com a de atleta não foi um desafio. Mas encarar os americanos acho que foi o maior empecilho para eu conquistar a prata”, comenta ele, que é cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Pela segunda vez no Mundial, o também policial do Bope, Adriano Justino, 39, levou o ouro para casa no último dia 14. “Sempre treino com atletas de alto rendimento, até mais novos que eu. Então foi uma satisfação ganhar na minha categoria”, diz. Adriano competiu ao lado de lutadores de 30 a 40 anos.
Sucesso não só na luta
A delegação brasiliense foi composta por 96 atletas da PMDF no mundial de Los Angeles. Ao todo, 84 deles deram 104 medalhas ao Brasil, entre disputas coletivas e individuais. O desempenho rendeu o vice-campeonato no quadro geral por equipes, atrás apenas da Rússia.
No último mundial, ocorrido em 2015 na cidade Washington, também nos EUA, a delegação trouxe 26 medalhas individuais. Já na recente edição, o número subiu para 42. No total, foram 15 medalhas de ouro, 15 de prata e 12 de bronze. No vôlei, por exemplo, os atletas faturaram 13 medalhas e bateram o próprio recorde de nove medalhas em 2015.
O destaque ficou com o futebol masculino, que consagrou-se tricampeão entre os veteranos e bicampeão na categoria principal. Além do 1º time de futebol feminino das seguranças públicas do DF da história. Formado por policiais e bombeiras, elas levaram o bronze inédito.
