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Brasília

Empresa responsável por obra que desabou em Vicente Pires não tinha registro

Arquivo Geral

23/10/2017 19h04

Foto: Myke Sena

A empresa de arquitetura responsável pela obra que desabou e matou um homem de 55 anos nessa sexta-feira (20), na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, atuava de maneira irregular. Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), a empresa “Agmar e Lissandra Arquitetura”, responsável pela obra de acordo com a placa de identificação instalada no local do desabamento, não possui registro no órgão. Além disso, Agmar Silva, vítima que foi encontrada nos escombros nesta madrugada, também não tinha registro de arquiteto e urbanista.

Ainda segundo o órgão, o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) da construção não foi localizado. “Por esse motivo, a profissional Lissandra, indicada na placa de obra, será inicialmente notificada por ausência de RRT”, afirmou o conselho, em nota. O caso será levado também à Comissão de Exercício Profissional (CEP-CAU/DF) e, posteriormente, à Comissão de Ética e Disciplina (CED-CAU/DF) para apreciação e julgamento. Se condenada, a arquiteta e urbanista poderá receber multa e advertência reservada, além de cancelamento de registro.

Tragédia anunciada

Embargada, interditada, intimada a ser demolida e multada a mais de R$ 13 mil, a obra era tragédia anunciada. Segundo a Agência de Fiscalização (Agefis), o prédio sofreu autuações desde dezembro de 2016, quando ainda estava no segundo pavimento.

No dia do acidente, havia nove pessoas no interior do prédio. Oito trabalhavam ali e saíram ilesas. Agmar, porém, não conseguiu escapar e teria sido prensado entre lajes próximo a uma escada na rota de saída.

Desde o início do ano, 1.152 obras irregulares e ilegais foram autuadas na região e mais de 700 construções estão em andamento, conforme a administração.

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