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Brasília

Em um mês, 8 mil brasilienses perderam o emprego no DF

Arquivo Geral

30/05/2018 13h50

Rafael Neddermeyer/ Fotos Publicas

Em apenas um mês, oito mil brasilienses perderam o emprego no Distrito Federal. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (30) pela Codeplan, a estimativa de desempregados foi de 315 mil no último mês, contra 307 mil em março. Curiosamente, Brasília teve um aumento de oito mil postos de trabalho em abril.

Especialistas acreditam que o aumento no número de desemprego foi ocasionado porque a população economicamente ativa teve um acréscimo significativo — 16 mil pessoas a mais em busca de emprego no período.

Mercado de trabalho

Atualmente, o DF tem mais de 1,3 milhão de pessoas no mercado de trabalho. A população jovem, de 16 a 24 anos, representa o maior número de desempregados (40,8%). Dos que procuram ocupação, 53% são mulheres.

Ainde segundo a pesquisa, os setores que mais empregaram foram: comércio (1,3%) e serviços (0,4%). A indústria de transformação e o setor de construção civil permaneceram estáveis, e que a administração pública apresentou uma variação negativa de 2,2%.

O balanço apontou, também, que houve estabilidade no contingente de assalariados do setor privado (0,2%) e redução do setor público (-1%). A quantidade de carteiras assinadas pouco variou (-0,2%) e subiu o número de autônomos para 2%. Já os empregados domésticos tiveram uma queda de -2,4%.

Desempregados

A população jovem, de 16 a 24 anos, representa o maior número de desempregados (40,8%). Dos que procuram ocupação, 53% são mulheres.

O estudo revelou ainda que entre as pessoas de menor renda e menor escolaridade o desemprego cresceu mais (média-baixa renda foi de 22,3% para 23,3% e baixa renda de 25,4% para 26,4%), enquanto no grupo dos mais ricos houve redução (de 16,6% para 15,3%).

Comportamento em 12 meses

De abril de 2017 a abril de 2018, a taxa de desemprego total passou de 20,5% para 19,2%. A quantidade de desempregados reduziu em 21 mil pessoas em decorrência da criação de 23 mil postos de trabalho e da estabilidade da população economicamente ativa.

Quanto à posição na ocupação, o setor de serviços empregou 18 mil pessoas nos últimos 12 meses. Já o comércio foi responsável por 8 mil ocupações, e a administração pública aumentou 4,6% com 8 mil postos de trabalho.

O grupo de assalariados apresentou variação positiva com 1,9% no setor privado, e 5,3% no setor público. A quantidade de carteira assinada subiu para 1,7%, e de autônomos 1,6%.

“A pressão na população de baixa renda [no mercado] é maior porque outros membros da família procuram emprego. Coisa que não ocorre no grupo de alta renda, quem que o chefe de família ganha o suficiente para que os filhos fiquem mais tempo se preparando”, disse a coordenadora da pesquisa por parte do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Lara.

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