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Brasília

Em campanha há mais de dois anos, jovem tenta cirurgia no Canadá

Arquivo Geral

11/02/2016 7h07

Respirar pode parecer simples para a maioria das pessoas. No entanto, para o estudante Lucas Neres, de 18 anos, sempre foi um desafio ao longo da vida. O JBr. já mostrou que,  com poucos dias de nascido, o jovem foi diagnosticado com bronquiolite obliterante – doença respiratória, geralmente grave. Além disso, ele tinha uma lesão severa em dois terços do pulmão esquerdo. Os médicos desenganaram a família afirmando que ele só viveria até os dois anos de idade. Mas Lucas superou as opiniões médicas e chegou aos 18 anos com uma vida quase normal.

Quando bebê, ele teve de retirar o pulmão esquerdo. O direito funciona com apenas 25% da capacidade. Para respirar, o jovem precisa de um balão de oxigênio 24 horas. O que preocupa é Lucas ter crises de falta de ar cada vez mais fortes e frequentes. A solução para o garoto é realizar um transplante de pulmão, que, segundo os especialistas, deve ocorrer no Canadá, pois nenhum hospital brasileiro tem estrutura suficiente e a técnica a ser usada no caso, pois seu coração saiu do lugar pela falta do pulmão e está a um milímetro do rim esquerdo.

Especialista

O garoto já passou por vários profissionais, que levaram seu caso para o médico Marcelo Cypel, especialista em transplante de pulmão e cirurgia torácica e diretor do programa de suporte pulmonar extracorpóreo da Universidade de Toronto, no Canadá. Cypel é formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), mas mora no Canadá há mais de dez anos. 

“Marcelo Cypel disse que  meu filho pode se recuperar com a cirurgia, mas nenhum hospital brasileiro oferece a estrutura necessária para que ele se opere aqui, porque   vai precisar de alguns procedimentos durante a recuperação. O médico se disponibilizou a fazer a cirurgia no Brasil, mas faltam condições. Por isso, acionei a Justiça para   o governo pagar pelo procedimento no Canadá”, explicou Irani Neres, 41 anos, mãe de Lucas. A cirurgia custa o equivalente a R$ 1,5 milhão.

A mãe do rapaz entrou na Justiça em maio de 2015, e a família luta por uma decisão favorável. Porém, na última audiência, o juiz questionou o fato de a cirurgia ser feita em outro país e indicou um possível hospital com estrutura para   transplante torácico. Irani foi à unidade indicada e saiu  com um laudo médico de que a operação deve ser feita no Canadá. 

A Defensoria Pública do DF está à frente do caso, e a família aguarda   novo parecer da Justiça.  “Fazemos um apelo para que  não neguem a cirurgia. Ele toma 14 medicamentos diariamente, sente dores com frequência por conta do coração ter desviado e está cada dia mais cansado. Até para caminhar sente falta de ar. Sem contar que as crises são muito fortes, e ele pode morrer em uma delas. Tenho fé de que o transplante será a salvação”, afirmou Irani.

 Segundo ela, o jovem tem muito enjoo, precisa de suplementos e ficou sem enxergar uma vez devido à doença.

Fça sua doação

Banco:  Caixa Econômica Federal 

Titular:  Irani Neres Santana 

Agência:  0973 

Operação:  013 

Conta poupança:  766405-5

Contato:  (61) 9299-6811

 
Muita fé e esperança em “vida normal”
 
A cirurgia é o sonho de Lucas. “Meu maior desejo é ser transplantado e ter uma vida normal, sem depender de tantos remédios e do oxigênio o tempo todo. Quero operar e ficar bom. Ir à escola sem faltar tanto. Tenho muita fé em Deus que vou conseguir a operação”, afirmou. O jovem está no Ensino Médio e vai cursar o 2º ano. Como vive em Arapoanga, vai e volta de van para a escola, em Planaltina.
 
Enquanto isso, Lucas segue a vida como pode. Vai à escola, encontra os amigos, solta pipa e o que não pode faz em videogame: joga futebol, sempre acompanhado de sua máquina de oxigênio. Torcedor do Palmeiras, ele tem a parede de seu quarto repleta de adesivos do time. Devido à sua história e ao seu amor pelo Palmeiras, Lucas recebe apoio de torcidas organizadas que representam a Mancha Verde no País.
 
Arrecadações
 
“A Mancha Verde nos ajuda muito. Sempre faz arrecadações e ajuda com suplementos, pois, às vezes, está em falta na Secretaria de Saúde. Graças a eles, meu filho recebeu a visita do jogador Lúcio e conheceu outros do time”, informou a mãe, Irani. Desde que soube que poderia fazer a cirurgia do filho no Canadá, a família de Lucas criou um site para arrecadar dinheiro para o transplante: www.lucasneres.com.br.
 
Segundo Irani, muitas rádios divulgam a campanha  Ajude Lucas, e a Mancha Verde realiza eventos beneficentes para ajudar. Mas, em dois anos de campanha, as doações não chegaram a um terço do valor (R$ 1,5 milhão). “Nunca vou deixar de ter esperança, pois já me falaram que meu filho não viveria até os dois anos e hoje ele está com 18. Tenho fé que ele vai ficar bom um dia”, afirmou a mãe de Lucas, filho único de Irani.

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