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Brasília

“Ele sempre estava rindo”, lamenta irmão de jovem assassinado em Ceilândia

Arquivo Geral

13/11/2018 20h45

Antônio Jordanio Sampaio, irmão de jovem morto em frente a escola de Ceilândia. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

João Paulo Mariano
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“Meu irmão era um menino muito sonhador. Sempre estava rindo”. É desta forma que Antônio Jordanio Sampaio descreveu o irmão morto a poucos metros da casa onde morava. Guilherme Linhares de Sousa, 16 anos, foi atingido por um tiro no queixo por volta das 16h30, na QNO 18, em Ceilândia Norte.

Guilherme, como era conhecido pelos irmãos, saiu mais cedo da escola, o Ced 15, na mesma quadra e, como de costume, iria para a tapeçaria do pai no P Norte. Ele ligou para o genitor e disse que iria esperar ao lado de um campo sintético, a menos de cem metros da casa de esquina onde morava com a mãe e os irmãos.

Nesse pouco tempo de espera, ele teria sido abordado por um rapaz que usava uma camisa com capuz e estava de bicicleta. Armado, o assaltante desferiu um tiro no rosto do rapaz. A Polícia Militar do DF ainda não sabe se o rapaz teria reagido. O bandido chegou a levar o celular do jovem.

Mesmo baleado, o menino tentou andar em direção a casa da família mas, caiu na esquina. Darci da Silva foi uma das primeiras pessoas a ter contato com a vítima. Vizinha da família há 30 anos, ela conhecia o menino desde que era um bebê.

“Ouvi o tiro e saí correndo. Nunca pensei que poderia ser ele. Hoje estou sentindo a dor de uma mãe que perde um filho. Ele era muito querido”, afirma a dona de casa. Quando ela chegou na cena do crime, Guilherme ainda estava agonizando. Sem conseguir falar, o jovem morreu sangrando, ao redor daqueles que o viram crescer.

Vizinhos lamentam a morte de Guilherme, 16 anos. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Guilherme tinha uma irmã mais nova e quatro irmãos. Ele era o mais novo entre os homens. O irmão Antônio Júnior, soube do acontecido por telefone, quando descarregava mercadorias no local onde trabalha. A mãe fazia compras no mesmo estabelecimento e precisou ser atendida pelo Corpo de Bombeiros.

Júnior afirmou que o irmão nunca tinha sido assaltado e, emocionado, revelou que está muito difícil lidar com a perda. “Se fosse um acidente ou uma forma natural, a gente aceitava, mas assim não”, diz.

 

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