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Brasília

‘Ele não é só nosso herói, mas herói do país inteiro’, diz tia de policial assassinado

Arquivo Geral

08/03/2018 14h12

Reprodução

Com informações de Ana Clara Arantes
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Familiares, amigos e colegas de farda do policial civil Wescley Vasconcelos, de 37 anos, começam a chegar no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, para as últimas homenagens. O brasiliense foi assassinado com cerca de 30 tiros de fuzil, em uma emboscada, a poucos metros da delegacia onde era lotado, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Bastante comovida, Cátia Abreu, tia de Wescley, diz que o sentimento da família não é de revolta, mas de muita dor. “Dor porque perdemos um herói. Ele não é só nosso herói, mas herói do país inteiro. Ele morreu em nome de todos os policiais e da população brasileira. Ele morreu combatendo. O ato heroico dele não é abstrato, é real. Ele morreu em nome da população brasileira. Então nosso sentimento não é de revolta, mas muita dor”, resumiu.

Jarlei Inácio, delegado da Delegacia de Bela Vista, é um dos colegas que veio à capital federal prestar apoio à família de Wescley. “O Wescley fez parte da minha equipe. Nós trabalhamos por três anos juntos e vivemos como uma família. A polícia do Mato Grosso do Sul já está investigando o caso. Todas as delegacias especializadas estão na região de fronteira e empenhadas em identificar e prender os responsáveis”, destacou. Segundo ele, a polícia já mira alguns suspeitos.

Jarlei Inácio veio a Brasília para prestar apoio à família do colega. Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília

Wescley Vasconcelos morreu na terça-feira (6) e seu corpo foi trazido para Brasília na quarta (7). Na cidade que faz fronteira com o Paraguai, o policial civil morava a cerca de 600 metros da delegacia. Segundo a polícia, o rapaz havia saído do trabalho em uma viatura descaracterizada, junto com uma estagiária, para pegar algo em casa e, no caminho, foi baleado. Ele morreu na hora, enquanto a garota foi baleada de raspão. Ela está fora de perigo.

O carro em que o policial estava ficou com marcas de tiros de fuzil Ak-47, que é de fabricação russa. Wescley formou no final de 2014 e, logo em seguida, foi transferido para a região da fronteira. Antes, o servidor trabalhou na Bahia durante seis anos como policial militar.

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