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Brasília

Eixão Agro: feira de produtores brasilienses deve receber 15 mil na Asa Norte

Arquivo Geral

10/06/2018 11h22

Foto: Fape/Divulgação

Jéssica Antunes
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A convergência entre rural e urbano ocorre neste domingo (10) no coração da capital. A segunda edição do Eixão Agro reúne produtores rurais do Distrito Federal e oferece acesso a comida e cultura feitas artesanalmente por aqueles que usam o solo do cerrado para cultivar. Até 16h, os 50 expositores ficarão na altura das quadras 208/209 para apresentar e comercializar produtos da agroindústria brasiliense — hortifruti, orgânicos, artesanato, doces, turismo rural, oficinas de capacitação. A expectativa é que 15 mil pessoas passem pelas barracas.

Cerca de 70% do território do DF é formado por terras rurais. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), o setor agrícola emprega cerca de 30 mil pessoas e o valor bruto da produção é de aproximadamente de R$ 2,5 bilhões. “A população desconhece que muitos ítens são produzidos aqui, como uma das melhores qualidades de trigo e grande quantidade de frango. Há 29 mil produtores rurais na capital, de pequeno a grande portes”, conta o presidente da entidade, Fernando Ribeiro.

No meio do Eixão do Lazer, brasilienses têm acesso direto aos produtores, tocam e provam os alimentos, conhecem e levam artesanato, aprendem e se capacitam para pequenas produções em casa. A funcionária pública Alessandra de Melo, 32 anos, fez compras de hortaliças após a corrida matinal. Ela também levou uma muda para casa. “São produtos orgânicos de qualidade, sem veneno, produzidos aqui do lado da gente. É importante conhecer e saber que isso existe”, afirma a moradora da Asa Norte.

O evento é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-DF), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e as Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF).

De casa

Pequena produtora, Rosário Almeida cultiva quase de tudo em um terreno no CAUB 1, no Riacho Fundo II. Neste domingo, sua barraca está recheada de biscoitos, geleias, pamonhas e doces, tudo fresco e feito artesanalmente. “A gente trabalha com agroecologia. Plantamos cítricos , pitaya, horta em geral, plantas nativas do cerrado, madeira de lei. Também produzimos café e aprimoramos as receitas de família”, conta.

Pela segunda vez no evento, ela acredita que seja chance de apresentar toda uma cultura a quem não tem acesso cotidiano. “É um contato que a pessoa vai ter direto com o produtor, sem atravessadores. Assim, compra mais barato, mais fresco e mais natural”, afirma. Os produtos podem ser encontrados no mercado da agricultura familiar do Ceasa todos os sábados de manhã.

Tecnologia e capacitação

“Multiplicar o conhecimento é a chave para aplicar o acesso”, acredita Ailton de Lucena, 66 anos. Instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-DF), ele apresenta o sistema hidropônico e semi-hidropônico para a produção de hortaliças.

As técnicas permitem o cultivo de plantas sem a contato do solo. As raízes ficam submersas em uma solução nutritiva de água e minerais e pode ser realizado em casa com dimensão de um metro quadrado. Isso pode ser feito com um aquário até mesmo dentro de um apartamento.

No ano passado, mais de mil pessoas passaram pelas oficinas de hortas orgânicas. No dia a dia, o Senar oferece cursos gratuitos. As inscrições devem ser feitas pelo site.

Saiba mais

Neste ano, uma das novidades é a tenda do café, onde todo o processo será demonstrado, desde o cultivo até a bebida pronta. Haverá também um barista para os preparos especiais de café e oficinas com dicas importantes sobre a bebida.

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