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Brasília

Polícia prende, em Águas Claras, estelionatário com cinco mandados de prisão

Arquivo Geral

21/07/2017 14h56

Breno Esaki

Matheus Venzi
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Um passado sombrio e a promessa de que tinha mudado de vida. Esse era Ronnie Petershon de Oliveira, 45 anos, que foi preso na manhã desta sexta-feira (21) pelos policiais da 17ª Delegacia de Polícia. De acordo com a corporação, ele mantinha um relacionamento, há cerca de 40 dias, com uma executiva da alta cúpula do Banco do Brasil. A polícia acredita na hipótese de que ele estava planejando um golpe contra a moça ou contra o próprio banco. O suspeito já possuía cinco mandatos de prisão em aberto.

A 17ª DP recebeu uma denúncia anônima de que Ronnie estaria se envolvendo com a funcionária do banco, e estaria tramando um golpe. Ele foi preso saindo do apartamento dela, dirigindo o carro da companheira. Apesar do pouco tempo de relacionamento, ele já tinha liberdade para dormir na casa da executiva.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Maciel Claro, Ronnie poderia estar querendo adquirir informações privilegiadas sobre a rotina de sua companheira e sobre o próprio banco. “Os estelionatários tem uma característica muito peculiar, são muito inteligentes. Eles geralmente são pessoas agradáveis e de fácil convivência. A vítima só descobre a verdade quando é tarde”, explica.

Mesmo assim, o delegado afirma que não existem provas de que ele estava planejando um crime. “Ele foi preso pelos mandatos que já estavam em aberto e vai pra Papuda cumprir o que deve”, esclarece o delegado. Ronnie possuía cinco mandatos de prisão condenatória em aberto, dois por estelionato, dois por roubo e um por extorsão.

O suspeito garante que não planejava agir contra a vítima. “Eu fui preso pelo meu passado, fui preso por me envolver sentimentalmente com alguém. A família dela armou contra mim”, disse Ronnie. Além de afirmar que “mudou”, ele também declarou que ela sabia de seu passado.

Amor improvável

A executiva, que não quis se identificar, disse que eles se conheceram por meio da internet e nunca notou um comportamento estranho por parte dele. “Ele deixou claro pra mim que estava passando por dificuldades financeiras. Mas, mesmo assim, quando saíamos, ele pagava uma parte da conta. Logicamente, eu pagava a maior parte e, em algumas vezes, pagava tudo. Mas ele nunca procurou se aproveitar de nada. Inclusive, disse que tinha vergonha de quando eu pagava a conta”, conta a mulher.

Ela admite que chegou a ser alertada pelos familiares sobre o passado do namorado. “O meu tio tinha acesso a ficha dele. Mas nem ele, nem meu pai, me explicavam o que era exatamente. Falavam coisas por alto, que ele tinha um passado sombrio, que estava com coisas em aberto”, diz a executiva.

Quando descobriu sobre o passado dele, a funcionária do banco chegou a dar um basta na relação, porém eles voltaram a se relacionar após ela acreditar que ele tinha mudado e já não devia mais nada pra justiça. “Eu não sei o que ele queria comigo. Ele sabia que os meus familiares conheciam o passado dele e, mesmo assim, quis voltar.”

É bom saber o passado do(a) companheiro(a)

O delegado João Maciel recomenda que as pessoas busquem saber sobre a vida pregressa de seus companheiros. “Quando você vai trazer uma pessoa pra dentro da sua casa, pra se envolver com sua família, é importante você saber sobre o passado dela”, conclui.

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