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Brasília

Distritais Cristiano Araújo e Julio Cesar pedem afastamento da CPI da Saúde

Colaborador JBr

29/08/2016 13h56

Myke Sena

Os deputados distritais Cristiano Araujo (PSD) e Julio Cesar (PRB) pediram, na manhã desta segunda-feira (29), o afastamento provisório da CPI da Saúde. Os parlamentares são citados na Operação Drácon, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Distrito Federal.

A investigação apura um suposto esquema de corrupção envolvendo a cúpula da Câmara Legislativa do Distrito Federal em emendas parlamentares, especialmente para a saúde.

Segundo a assessoria de Julio Cesar, o deputado está se ausentando até que os fatos que envolvam seu nome sejam esclarecidos. “O deputado Julio Cesar comunica o seu licenciamento temporário […] para que a CPI continue trabalhando com seriedade e imparcialidade, como tem sido conduzida desde as apurações”, informou em nota.

Mais cedo, o distrital Cristiano Araújo informou sobre o afastamento e teve alegação semelhante ao de Julio Cesar. “Comunico meu afastamento temporário como vice-presidente da CPI da Saúde a fim de que essa comissão continue trabalhando com isenção e imparcialidade, até os esclarecimentos dos fatos que envolvem meu nome”.

Com o afastamento dos dois deputados, termina a lista de membros da Comissão Parlamentar citados na operação. Além disso, Bispo Renato (PR), também integrante da CPI, comunicou a mesma decisão na semana passada.

Operação Drácon

A Operação Drácon investiga a ocorrência de supostas condutas criminosas consistentes na exigência, por parte de autoridades com foro por prerrogativa de função, de valores financeiros indevidos a empresas como contrapartida para a destinação de sobras orçamentárias para o pagamento de passivos em atraso por parte do Governo Distrito Federal, relativos ao gerenciamento de Unidades de Terapia Intensiva.

Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal, com apoio de seu órgão de investigação o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil do Distrito Federal, cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e oito mandados de condução coercitiva.

Os alvos eram os deputados Celina Leão (PPS), Bispo Renato (PR), Júlio Cesar (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS) e Cristiano Araújo (PSD), além do ex-servidor da CLDF Valério Neves, do servidor Alexandre Braga e do ex-presidente do fundo de saúde do DF Ricardo Cardoso. Eles foram cumpridos nos gabinetes dos deputados e da presidência da CLDF e nas residências.

A decisão judicial ainda determinou o afastamento cautelar dos investigados dos cargos de Presidente e membro da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até o fim das investigações. O Ministério Público ressalta que os investigados são presumidamente inocentes até prova em contrário.

Confira o pedido do distrital Cristiano Araújo:

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