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Brasília

Dia do Médico: quando a profissão passa de pai para filho

Arquivo Geral

18/10/2018 7h00

Atualizada 17/10/2018 22h06

Divulgação

Da Redação
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Plantões, vida e morte em suas mãos, pacientes e familiares diante de dramas, telefonemas fora de hora, emergências… Tudo isso faz parte da rotina dos médicos, profissionais que comemoram seu dia neste 18 de outubro. A vida estressante, no entanto, não espanta filhos dos médicos, e não é incomum a profissão passar de pai para filho.

É o caso de Frederico Costa, de 56 anos, pediatra e diretor-médico do Hospital Santa Luzia, cuja filha, Ana Carolina, se prepara para abraçar a carreira. Formado há 33 anos, em Pernambuco, Dr. Fred, como é conhecido, escolheu a pediatria, por conta do contato com pais e avós, sempre desesperados, e com os pequenos pacientes, que muitas vezes não conseguiam dizer o que sentiam.

“Sempre fui corajoso, nunca tive medo de ver sangue, ou do que poderia encontrar em um acidente. Sempre quis ajudar”, ressalta.

Em 1998, ele veio para Brasília trabalhar na administração de hospitais, com o objetivo de dar atendimento rápido, eficaz e humanizado aos pacientes. Hoje, administra mais de 200 leitos do Santa Luzia, na Asa Sul.

Quando a filha Ana Carolina disse que iria fazer medicina, não ficou surpreso. “Ela sempre externou essa vontade. Eu procurei ser isento, não opinar. Particularmente, acho a vida de médico de muito sacrifício. Mas ela sempre frequentou hospitais, tinha acesso a isso, sabia o que era”, disse.

Ana Carolina, de 25 anos, se formará em julho. Para ela, a vida de sacrifícios não é novidade. “Perder amigos, porque não consegue sair com eles, e conviver pouco com a família fazem parte da rotina de quem quer seguir a carreira”, explica. “Medicina é dedicação exclusiva. O conteúdo do curso é enorme. Jamais conseguiria sem minha família”, ressalta.

A jovem decidiu se especializar em oncologia após perder duas tias para o câncer. “Vi de perto esta trajetória e as dificuldades que enfrentaram. Isso me sensibilizou”, acrescentou. Ana Carolina diz que esta é a área que o médico mais tem contato com o paciente, cria vínculos, e é isso é o que que ela mais quer na medicina. “Sempre quis que o paciente fizesse parte da minha vida e não apenas passasse por ela. Oncologia é comemorar cada vitória”, concluiu.


Curiosidades

Data tem origem em São Lucas, santo Evangelista era médico, historiador e músico.

A escolha do dia 18 de outubro para homenagear os médicos no Brasil tem origem cristã. A Igreja Católica homenageia São Lucas na data. Ele foi médico e, por isso, é considerado protetor dos profissionais pelos católicos.

Lucas foi um dos quatro evangelistas do Novo Testamento. Acredita-se que também era pintor, historiador e músico. Considerado patrono dos médicos desde o século XV, teria estudado Medicina em Antioquia, cidade da Síria Antiga onde teria nascido e que hoje está no território turco, com o nome Antáquia.

O estabelecimento do Dia do Médico no Brasil é atribuído a Eurico Branco Ribeiro, médico paranaense, mas não existem informações exatas sobre quando a data foi estabelecida no país.

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