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Brasília

DF investiga a morte de 17 macacos por suspeita de febre amarela

Arquivo Geral

22/02/2017 18h41

Foto: Divulgação

Lucas Campelo
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A morte de 17 macacos no Distrito Federal tem chamado a atenção das autoridades sanitárias, que monitoram o caso devido à suspeita de que tenham contraído a febre amarela. A Secretaria de Saúde informou que amostras dos animais foram recolhidas e enviadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará (PA), onde será feita uma análise. Os resultados ainda não estão prontos. No entanto, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde esclarece que faz todas as ações de manejo ambiental e bloqueio vacinal nas áreas onde podem ser encontrados macacos.

De acordo com o professor Danilo Simonini Teixeira, da faculdade de agronomia e veterinária da UnB, os sintomas do vírus nos primatas são parecidos com os que afetam as pessoas. “Eles estão sujeitos a sentir febre e dor de cabeça, mas não podemos afirmar que seja a febre amarela. É preciso fazer uma análise mais aprofundada”, aponta. Para evitar doenças, Danilo faz recomendações. “Esses animais precisam ser clinicamente examinados, pelo menos duas vezes por ano”, observa. O professor também comenta que a doença nos macacos serve para alertar as pessoas. “Cientificamente, os macacos não podem ser vacinados, porque tira o poder de percepção das doenças e não há como saber se esse vírus pode chegar aos humanos”, explica.

A Secretaria de Saúde recomenda que em casos de macacos encontrados mortos, é preciso entrar em contato com a Vigilância Ambiental para solicitar inspeção no local. A orientação é para não tocar no animal e acionar o mais rápido possível as autoridades para que as ações preventivas sejam tomadas, como a eliminação de focos do Aedes Aegypti, aplicação de controle químico por inseticidas e bloqueio vacinal.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que 191 mil pessoas foram vacinadas contra febre amarela até outubro de 2016. E que 71 mil doses foram distribuídas nos postos de saúde de todas as regiões do DF.

Febre Amarela

Dados atualizados e divulgados na última terça-feira (21) pelo Ministério da Saúde mostram que até fevereiro de 2017, cerca de 292 casos de febre amarela já foram confirmadas em humanos de todo o País. Desses, 97 tiveram óbito. No Distrito Federal, pelo menos três casos estão sendo investigados.

O atual surto da doença é o maior no Brasil desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica. Até então, o ano com o quadro mais grave havia sido 2000, quando 40 vítimas da doença morreram. Não ocorre a transmissão urbana da febre amarela desde 1942, mas a possibilidade de transmissão urbana existe desde a reintrodução do Aedes Aegypti no País.

Prevenção

A vacinação contra a febre amarela é a mais importante medida de controle e confere proteção próxima de 100%. A vacina faz parte do calendário de vacinação e no DF está disponível em 123 salas de vacinação da rede pública, para crianças a partir dos nove meses de idade, com reforço aos quatro anos.

Para pessoas com idade entre 2 e 59 anos a recomendação é a aplicação de duas doses, com intervalo de dez anos. Pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas, ou sem comprovante de vacinação, devem ser avaliadas pelo médico, que levará em conta o risco da doença e efeitos adversos nesta faixa etária.

Serviço

  • Vigilância de Epizootias e Zoonoses – 99269-3673
  • Promoção em Saúde – 99243-8508
  • Vigilância Entomológica – 99287-6635

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