João Paulo Mariano
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É só dar o horário de pico, tanto de manhã quanto à tarde, que um dos cruzamentos da pista principal da Estância I, em Planaltina, vira uma confusão. Sem nenhum balão, sinalização vertical ou horizontal ou faixa de pedestre, motoristas, ciclistas e moradores disputam espaço e a vez. Quem passa pelo lugar afirma que colisões são frequentes, por isso a necessidade de melhorias.
O autônomo Johnatas Anderson de Farias, 30 anos, reclama que já ficou mais de dez minutos tentando atravessar as duas pistas, em especial quando está com a filha, Heloísa, 6, pois com ela o cuidado precisa ser maior. Morador da Estância há cinco anos, ele aponta os horários mais difíceis de se caminhar pela região: das 8h às 9h30 e das 16h às 19h.
“Os carros passam por cima da calçada, os pedestres não tem lugar para ficar ou atravessar. Passou da hora de se fazer algo por aqui”, afirma Johnatas. Ele pede uma faixa de pedestres ou uma rotatória para facilitar o movimento, já que pequenas colisões acontecem constantemente.
Sem atitude
O professor Davi Moreira, 57, afirma estar cansado de falar com a Administração de Planaltina e com o Detran para cobrar alguma solução para o problema. Em setembro do ano passado, ele enviou um ofício à autarquia de trânsito. O pedido era de que algo fosse feito para trazer mais segurança aos moradores e motoristas da região, mas nada foi feito. Segundo ele, a resposta prévia recebida é que o número de técnicos seria muito grande para a demanda existente.
Para Davi, o perigo aumenta com a volta das aulas. Assim, o número de acidentes deve crescer também. “Já levei o caso para o Conselho de Segurança de Planaltina em agosto do ano passado, mas até agora não fizeram nada”, reclama o morador.
Problema antigo
A situação do cruzamento da Estância I não é nova e, também por isso, quem passa por ali reclama da situação. O vendedor José Júnior, 51, utiliza a pista todos os dias para ir e vir do trabalho em uma loja de material de construção próxima. Para pegar o ônibus e voltar para casa, ele tem que esperar justamente na esquina do cruzamento em que acontece toda a confusão.
Os passageiros aguardam o coletivo em pé, pois não tem parada. Quando o ônibus chega, o veículo sobre na calçada para tentar dar um pouco de espaço para os carros atravessarem. Aí, os pedestres ficam sem ter por onde andar, os carros não têm por onde transitar com tranquilidade e o trânsito trava. Para piorar, quando o Jornal de Brasília esteve no local, um buraco tinha se formado, atrapalhando ainda mais o fluxo.
Versão oficial
Depois que a reportagem esteve no local, o Detran informou que a equipe de sinalização vertical esteve no cruzamento e instalou três placas de trânsito de sentido obrigatório e uma de Pare. Quanto à sinalização horizontal, a previsão era de que outra equipe fosse ao local para verificar o que será necessário fazer e elaborar um projeto. A comunidade informou, ontem à noite, que nada mudou.
