Menu
Brasília

Crianças de Ceilândia estão sem estudar por falta de transporte escolar

Colaborador JBr

13/03/2017 13h40

Divulgação

Joyce Coelho
[email protected]

Pelo menos 12 crianças do ensino maternal da Escola Classe 59, em Ceilândia, estão sem frequentar as aulas há quase um mês. O motivo é a quantidade insuficiente de ônibus disponibilizados pelo Governo de Brasília. Atualmente são oferecidos quatro coletivos, que não são suficientes para atender a demanda escolar.

Luzirene Almeida, 30 anos, conta que a situação está bem complicada para ela, que reside no Setor de Chácaras do Sol Nascente. “Meu filho tem cinco anos e até hoje não conseguiu frequentar as aulas”, diz a auxiliar de serviços gerais. “Moramos longe da escola e não tenho condição de arcar com a passagem para levá-lo e buscá-lo todos os dias. Afinal, pesa no bolso”, completa.

Além da falta de transporte, Luzirene teme perder a vaga do filho. “Fui na escola diversas vezes, e sempre dizem que não há vaga no coletivo. A instituição já informou que se o aluno apresentar 51 faltas, pode perder a matrícula. Já não sei o que fazer, ele não pode perder o ano”, desabafa.

Mãe de dois filhos, a empregada doméstica Maria do Carmo (27) também enfrenta o mesmo drama. “Tenho dois filhos que precisam do transporte. Moramos longe da escola, e eles até hoje não pisaram lá. Isso é uma vergonha, o governo não pensa nas pessoas carentes. Eu que sustento a casa, não tenho com quem deixar eles. Ta muito difícil. Daqui a alguns dias o conselho tutelar vem bater na minha porta e questionar. Até por que eles não podem ficar sem estudar”, lamenta Maria.

Versão Oficial

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do DF informou que uma equipe de fiscalização da Diretoria de Transporte Escolar da SEEDF vai avaliar nesta segunda-feira (13), qual a melhor solução para resolver o problema da falta de vagas nos ônibus que atendem a referida escola. É importante ressaltar que essas crianças não serão penalizadas por não estarem frequentando a escola enquanto o problema não for resolvido.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado