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Brasília

Contagem regressiva para paralisação geral da capital

Arquivo Geral

25/10/2016 7h00

Atualizada 24/10/2016 21h53

Delegados foram recebidos por Tadeu Filippelli na porta do Planalto: querem paridade com a Polícia Federal. Foto: Helio Pereira/Divulgação

Uma mobilização unificada de todas as categorias atingidas com o calote do governador Rodrigo Rollemberg organiza uma paralisação para amanhã. Já com indicativo de greve, as 32 categorias reivindicam o cumprimento de leis aprovadas ainda na gestão de Agnelo Queiroz e que garantem reajustes salariais. Elas deveriam ter sido cumpridas há um ano, mas foram negligenciadas pela atual gestão, que já sacramentou: dará o calote.

Saiba mais

  • Durante a paralisação de 12 horas, realizada ontem, o SindSaúde constatou que, nas farmácias do Hospital de Base e central, faltam anestésicos básicos usados em cirurgia e para comas induzidos, de acordo com o sindicato.
  • Com o descaso do governo, diz a entidade, pacientes podem sangrar até morrer pela falta da albumina humana, utilizada para regulação do fluxo sanguíneo. Faltam ainda equipos e seringas .
  • Aparelhos, como PET Scan e de Raio-X, estão parados há anos no corredor do hospital, informou o SindSaúde.

O Movimento Sindical Unificado em Defesa do Servidor Público do Distrito Federal organiza uma paralisação de 24 horas para todas as categorias e faz assembleia, amanhã, mas já com indicativo de greve.

O governador diz que tentará convencer os servidores a não paralisarem as atividades, mas que cortará o ponto de quem fizer. “A greve é um direito do servidor. Vamos buscar dialogar e convencer os servidores a não entrarem em greve, porque, se não estamos pagando os aumentos, é por total impossibilidade de fazê-lo”, afirmou. “Se houver greve, haverá corte de ponto”, reitera Rollemberg.

“Se o governo pagasse o aumento, atrasaria o salário já no primeiro mês. Eu tenho convicção de que os sservidores preferem a garantia de ter o salário pago em dia”, reforçou.

Paralisação relâmpago

Ontem, o SindSaúde-DF organizou uma paralisação relâmpago de 12 horas em alguns setores do Hospital de Base de Brasília, para mostrar à população o sucateamento da unidade. “O governador Rollemberg erra ao achar que a greve da saúde é meramente por causa do calote. É também pelas péssimas condições de trabalho que somos impostos diariamente, é pelo total sucateamento com o único objetivo de entregar o SUS para o empresariado que não tem compromisso algum com a vida da população”, dispara Marli Rodrigues, presidente da entidade que representa os servidores da Secretaria de Saúde.

No Hospital de Base, foram fechados o laboratório, o arquivo, a farmácia e a radiologia, entre outros. Conforme a entidade, o governo “tem deixado a Saúde um caos, com a clara intenção de entregá-la às organizações sociais”.

Carta a Michel Temer

Delegados da Polícia Civil, que estão em paralisação de 48 horas até amanhã, foram ao Palácio do Planalto levar a atual situação da categoria ao conhecimento do presidente da República, Michel Temer. Na porta da sede do Poder Executivo, foram recebidos pelo ex-vice-governador do DF, Tadeu Filippelli (PMDB), assessor de Gabinete do presidente.
Eles pediram intervenção do peeemedebista para que seja encontrada uma solução para o impasse entre a corporação e o Governo do DF – eles buscam paridade salarial com a Polícia Federal.

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