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Brasília

‘Consequências terríveis’, dizem sindicatos sobre ampliação do modelo do IHBDF

Arquivo Geral

23/01/2019 17h18

Hospital de Base. Foto Myke Sena – Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Dirigentes dos sindicatos dos Médicos (Sindmédico) e dos Técnicos de Enfermagem (Sindate) protocolaram pedido de audiência com o governador Ibaneis Rocha (MDB) nesta quarta-feira (23). Os representantes das entidades entendem que a proposta de ampliar o modelo do Instituto Hospital de Base (IHB) com a criação do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (IGESDF) “tem o objetivo principal de fazer economia em uma das áreas mais carentes de investimentos”. Assim, se dizem contrários aos sacrifícios nas condições de atendimento e precarização das carreiras.

“Não podemos reduzir a saúde a um apanhado de números. Números que podem muito bem estar equivocados ou a serviço de interesses particulares”, diz o ofício protocolado às 13h23 desta quarta-feira. “Para quem está apenas visando obter números positivos em uma tabela, a proposta apresentada parece boa. Mas, para quem, nas horas de maior dificuldade, procura atendimento nas unidades públicas de saúde, para os profissionais que têm como missão de vida cuidar das pessoas e salvar vidas, a proposta é um erro que poderá ter consequências terríveis”, continua.

Veja o documento: 

Material cedido ao JBr

Gutemberg Fialho, presidente do Sindmédico, reclama que os projetos de lei encaminhados à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) não tiveram colaboração das entidades de classe. Antes de serem votados, ele espera que sejam recebidos pelo chefe do Executivo para “mostrar alternativas”. A sessão extraordinária dos parlamentares para deliberar a respeito do Projeto de Lei nº 1/2019 foi convocada para 15h desta quinta-feira (24).

“O modelo apresentado não resolve o problema. Queremos sentar com o governador e o secretário de Saúde para mostrar alternativas para que o modelo privado não seja adotado”, diz o sindicalista. Ele lembra que, como foi decretado o estado emergencial, é possível comprar sem licitação e contratar temporários enquanto se recupera a rede hospitalar a médio e longo prazo.

Fialho diz que a discordância e resistência se justificariam pela ausência de resultados concretos do modelo do IHBDF, que pretende ser ampliado para gerir hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “Não tem nenhum ano de funcionamento, não tem clareza de indicadores e resultados”, critica.

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