Menu
Brasília

Conheça a história de Orcileni, a protetora dos animais abandonados

Arquivo Geral

05/06/2013 8h48

Ajudar a salvar a vida dos animais que realmente precisam. Esta é a filosofia de vida de Orcileni Arruda de Carvalho, 47 anos, fundadora do Abrigo Flora e Fauna. Ela vive em mundo em que luta pelos cães e gatos abandonados. Hoje, no abrigo existem cerca de 450 animais – 250 cães e 200 gatos.

 

A dedicação é tamanha que ela sabe o nome de todos eles e faz questão de chamá-los carinhosamente de filhos. Embora o abrigo tenha somente oito anos de existência, Orcileni explica que o amor pelos animais veio de berço. “Desde pequena cresci pegando em animais. Quando via um animal abandonado levava para casa. Quando eu acordava o bichinho tinha sumido. Minha mãe era quem não deixava criar todos. Assim, eu sempre repetia a frase que quando crescesse teria uma casa cheia de cachorros, mas nunca pensei que fosse se tornar realidade”, conta. 

 

O objetivo, segundo ela, é divulgar a causa animal. Só nessa segunda-feira chegaram 13 novos cães. Todos têm o abandono em seus históricos de vida ou estavam em situação de risco. “O amor é o que deve ser incentivado. Não quero que as pessoas olhem para eles somente com pena, gostaria que todos aprendessem a ter carinho pelos animais”, pede Orcileni. A instituição é uma consequência do trabalho que ela já vinha desenvolvendo. “Aconteceu muito rápido, mas as pessoas mantêm este lugar. Aqui é um sonho de todos”.

 

Porém, o abrigo necessita constantemente de ajuda.  A média de consumo de ração para os cachorros é de três toneladas mensais e para os gatos, de meia tonelada. Para se ter ideia dos gastos, em uma semana, o valor com a compra dos alimentos ultrapassa os R$ 1 mil. “A quantidade de animais exige também uma ampliação no lugar. Quando o animal é recém-chegado no abrigo, ele fica em quarentena. O isolamento é necessário tanto para o animal não transmitir nenhuma doença para os demais como para não contrair também”, explica. “Precisamos de doações de remédios, vacinas e ração, entre outros. Mas a carência mesmo é de veterinários voluntários para ajudar no abrigo”, ressalta a fundadora.

 

Doação ocorre aos sábados, na 108 Sul

A rotatividade no abrigo é frequente, uma vez que é incentivada a doação. Todos os sábados, o Flora e Fauna realiza a Feira de Adoção, na 108 Sul, ao lado do pet shop Di Petti, sempre das 11h às 16h. “Esses animais foram abandonados, entretanto nós tentamos novamente dar a chance de uma vida digna a cada um deles”, resume.

 

Na hora da separação, Orcileni, a mãe de todos os cães e gatos do abrigo, faz somente um pedido: que ame incondicionalmente o novo membro da família. “Infelizmente, muitas pessoas só querem adotar os filhotes jovens ou animais sem deficiência. Este não é um critério nosso. Afinal, levamos a necessidade de se adotar os especiais e idosos, também”, acrescenta.

 

Limpeza

Sempre no último domingo do mês, o abrigo organiza mutirões de limpeza e vermifugação dos animais. Nestes dias, eles ficam disponíveis à visitação, das 10h às 16h. E ela ensina uma lição. “Fazendo isto, me sinto útil à sociedade. Afinal, este mundo em que vivemos também é deles”, compartilha.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado