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Brasília

Com atendimento afetado por greve, número de usuários do metrô cai 30% nesta quinta-feira

Arquivo Geral

09/11/2017 21h20

Foto: Josemar Gonçalves/Cedoc

João Paulo Mariano
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Com diminuição de trens e empregados, o número de usuários do metrô – que costuma ser cerca de 160 mil por dia – caiu 30% nesta quinta-feira (09), primeiro dia de greve dos metroviários. Apesar da decisão do Sindicado dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF) de que o transporte ficaria 100% parado, a empresa conseguiu colocar para funcionar 18 de 24 trens durante os horários de pico.

Para esta sexta-feira (10), a expectativa da Companhia é que o metrô funcione da mesma forma que hoje: das 6h às 10h e das 16h30 às 20h30, fechando as estações no restante do tempo já que a demanda diminui bastante fora dos horários de pico. Ainda assim, a direção da empresa espera o cumprimento da decisão judicial, obtida na noite de quarta (8), que obrigava o funcionamento de 90% da frota nos horários de pico, com 60% no restante do dia.

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Discussões sem avanço

Na tarde de hoje, ocorreu uma reunião entre grevistas e o GDF para tentar chegar a um acordo, porém não houve convergência de opiniões. “O governo não tem proposta. Continuam dizendo que não tem como dar o reajuste, que é nosso por direito”, afirma a diretora de comunicação do Sindmetrô, Renata Campos, que alega que por essas razões a paralisação continua.

O governo disse estar aberto a negociações, mas que não aceitaria que os serviços prestados à população do DF ficassem defasados. O corte dos pontos é uma possibilidade. “O governo informa que vai cumprir a Lei Geral de Greve aplicada ao serviço público, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, com regras que preveem corte de ponto e de vantagens nos dias de faltas dos servidores que participarem de greves e paralisações”.

Reivindicações

O Sindmetrô-DF alega que deseja que o GDF cumpra o acordo feito em 2015. Nele, havia o pedido de reajuste salarial de 8,4%, com retroativo, e a contratação de 631 metroviários que passaram no último concurso – 331 para entrada imediata e 300 para o cadastro de reserva. Como as demandas estavam vinculadas à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e os cofres do GDF tiveram uma melhora em outubro, o Sindmetrô cobra que o governo volte à mesa de negociação.

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