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Brasília

Chegada da seca pode diminuir casos de dengue no DF

Secretaria de Saúde do DF tem aferido resultados positivos em parcerias para ações de combate à Dengue

Aline Rocha

23/05/2019 14h31

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Da Redação
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O número de casos de dengue no Distrito Federal deve diminuir com a chegada da seca. A expectativa é baseada na comparação do quadro de casos registrados no mês de abril. Os dados indicam que, de acordo com o último boletim epidemiológico, sinalizam um cenário de declínio para o mês de maio.

A perspectiva favorável indica resultados positivos a partir de ações adotadas pela Secretária de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), incluindo trabalho de combate ao mosquito e conscientização da população, ações feitas em parceria com técnicos da secretaria, servidores do Corpo de Bombeiros, SLU, Exército, administrações regionais, Novacap, Adasa, secretarias de Educação, Cidades, Agricultura e Casa Civil.

Já foram inspecionados, apenas durante o período sazonal de manifestação da doença, 389.264 imóveis em todas as regiões administrativas do DF. Além disso, o fumacê foi aplicado em 453.250 imóveis, além de 653 armadilhas no Gama, Recanto das Emas e Estrutural.

Novo sorotipo

A SES-DF aponta que, de forma atípica, a circulação de um novo sorotipo do vírus da doença elevou a incidência de casos com predominância do vetor nas últimas quatro semanas. Os dados apontam que isso ainda não havia sido registrado no DF.

O diretor de vigilância epidemiológica da SES-DF, Délmason Carvalho, explicou que “aparentemente, a curva de ascendência chegou ao teto do platô, depois de cinco semanas em que a incidência está estacionada no número máximo”.

Em 2019, no período mais crítico, já somam 17.304 casos prováveis da doença. A média de incidência acumulada foi de 557.97 casos por grupo de 100 mil habitantes no DF, quando o patamar normal, de baixa transmissão, fica abaixo dos 100 casos por 100 mil habitantes.

Condições atípicas

“No quadro atual, além de termos o novo sorotipo circulando, tivemos uma condição climatológica atípica, com mais chuva e temperaturas mais elevadas, o que facilitou a proliferação do vetor transmissor da doença”, detalha o técnico Fabiano Martins, da Gerência de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES-DF. Ele atenta ao fato de que, no Centro-Oeste, normalmente a chuva termina em abril, mas, neste ano, se estendeu até maio, o que ele aponta como “um fato complicador”.

A orientação é que a população mantenha os cuidados preventivos. A SES-DF vai aguardar os próximos boletins para confirmar essa tendência de diminuição nos casos de dengue. “Estamos vivendo uma situação nova de dengue, e, se não tivéssemos feito nada, a situação seria muito pior”, reforça Délmason Carvalho.

No início de 2019, o governador Ibaneis Rocha declarou estado de emergência na saúde do Distrito Federal. “A resposta a essa situação emergencial está se dando desde janeiro”, destaca o diretor de vigilância epidemiológica da SES-DF.

 

Com informações de Agência Brasília

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