Menu
Brasília

Ceilândia 47 anos: história, cultura e muita festa

Arquivo Geral

27/03/2018 10h21

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Em 27 de março de 1971, nascia uma das cidades satélites mais importantes e conhecidas do DF. A origem do nome Ceilândia vem da sigla CEI, Campanha de Erradicação de Invasões. A ação foi criada pela esposa do então governador Hélio Prates, que estava preocupado com ocupações irregulares da capital. O objetivo do governo era dar condições mais dignas para moradores de áreas carentes, à época instalados em invasões no centro de Brasília.

Só em 1989 Ceilândia passou a ser considerada uma Região Administrativa. Atualmente, é a cidade mais populosa do DF, com 489.351 habitantes de acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2015/2016, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

A cidade é dividida originalmente em quatro áreas: Centro, Norte, Sul e Guariroba. Mas, com o tempo, novos bairros vieram, como P Sul, P Norte, Setor O, a Expansão do Setor O, QNQ e QNR, Setor de Indústria, Setor de Materiais de Construção e Área de Desenvolvimento Econômico Centro-Norte, Pôr do Sol, Sol Nascente, Condomínio Privê e Incra.

O transporte até o Plano Piloto é facilitado pelo metrô e a cidade é servida pelas estações Ceilândia Sul, Guariroba, Ceilândia Centro, Ceilândia Norte e Ceilândia. Mas nem sempre o cidadão precisa sair de cidade, já que o comércio é grande. A avenida Hélio Prates, batizada em homenagem ao ex-governador, concentra vários estabelecimentos.

A cidade-satélite é a única do DF que tem o privilégio de ter um monumento arquitetônico de Oscar Niemeyer. A Casa do Cantador é um dos grandes orgulhos de Ceilândia. O local é considerado como o Palácio da Poesia e da Literatura de Cordel e foi criado para homenagear a comunidade nordestina da capital do país.

Sotaque nordestino

Ceilândia é considerado o maior reduto do Nordeste de todo o DF já que 48,33% dos moradores são nordestinos, a maioria do Piauí, Bahia, Maranhão e Ceará. Em um breve passeio pela Feira Central de Ceilândia é possível identificar várias bancas de comidas típicas da região.

Uma delas é a banca da potiguar Ednara Bezerra Santos Maia, de 52 anos, a Galega. Ela veio ainda pequena, há 50 anos, para capital junto com os pais e ganha a vida com suas raízes. “Todo mundo gosta da comida [nordestina], não só quem veio do Nordeste. Servimos buchada, mocotó, rabada, sarapatel, e outros pratos típicos”, comenta.

Um dos primeiros moradores de Ceilândia, Florentino Raimundo da Silva, 73, veio do do Piauí. “Vim pra Brasília em 64 e fiquei morando em acampamentos no Plano Piloto. Depois, trouxeram a gente pra cá. Não tinha água, luz e esgoto, mas nem tudo foi resolvido, ainda falta Saúde, Segurança e Educação” Finaliza

Programação para a festa

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado