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Brasília

Caso Ana Lídia: brasilienses acreditam que menina é santa e faz milagres

Brasília Assombrada

12/07/2017 10h00

Atualizada 13/07/2017 13h47

Por João Carlos Amador – criador do projeto Histórias de Brasília

No dia 11 de setembro de 1973, Ana Lídia Braga, de 7 anos de idade, desapareceu logo após ser deixada pelos pais no colégio Madre Carmen Salles, onde estudava. A polícia foi acionada e, à noite, o delegado responsável pelo caso recebeu um telefonema anônimo pedindo um resgate de 2 milhões de Cruzeiros pela menina. No dia seguinte, o corpo de Ana Lídia foi encontrado em uma cova rasa perto do Centro Olímpico da UnB. Ela havia sido torturada, morta e estuprada, nessa ordem.

Os principais suspeitos eram Álvaro Henrique Braga, irmão da menina, e Raimundo Lacerda Duque, que trabalhava com a mãe de Ana Lídia. Álvaro teria vendido a irmã para pagar uma dívida a Raimundo, que era um dos maiores traficantes de drogas da capital. Segundo a polícia, também estavam envolvidos no crime Alfredo Buzaid Júnior (o Buzaidinho), filho do ministro da Justiça Alfredo Buzaid, e Eduardo Henrique Rezende (o Rezendinho), filho do senador Eduardo Rezende.

Após uma investigação falha, onde várias provas se perderam ou não foram utilizadas, ninguém foi preso. O crime prescreveu em 1993 e permanece como um dos mais misteriosos da cidade até hoje. E o que aconteceu com os acusados? Buzaidinho morreu em 1975, aos 19 anos, em um acidente de carro. Rezendinho se suicidou em 1990, aos 40 anos. Duque morreu em 2005, aos 62 anos, por complicações devido ao alcoolismo. Já Álvaro Henrique, o irmão da vítima, é médico angiologista no Rio de Janeiro.

Ana Lídia está enterrada no Cemitério Campo da Esperança e, atualmente, seu túmulo é o mais visitado do lugar. Muita gente acredita que a menina é santa e faz milagres.

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