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Brasília

Casal brasiliense faz vaquinha para tratamento de filho com tumor raro

Arquivo Geral

05/06/2018 16h54

Com apenas três meses de vida os pais de Levy descobriram um tumor raro com tratamento apenas fora do Brasil. Monique Batista Nogueira e Gustavo Batista Nogueira. Lago Sul. 05-06-2018. Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília.

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Matheus Venzi
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Um casal de pais brasilienses está fazendo uma vaquinha virtual para financiar o tratamento de um dos filhos. Levy, de nove meses, foi diagnosticado com condrossarcoma mesenquimal congênito parameníngeo. Trata-se de um tumor raro, sem tratamento especializado no Brasil. Enquanto não conseguem os recursos necessários, Monique Batista Nogueira, 34 anos, e Gustavo Batista Nogueira, 34, lutam diariamente para salvar a vida do menino.

“É uma situação complicada. É necessário fazer uma radioterapia de prótons, que não existe no Brasil e é muito cara. Se houvesse no mínimo um aparelho desse aqui, não precisaríamos dessa arrecadação”, explica Monique, que é médica. Por isso, a mãe pesquisou até encontrar o local ideal para a terapia. Ela chegou ao MD Anderson Cancer Center, que fica em Houston, no estado do Texas (EUA).

O hospital é referência mundial no tratamento de cânceres e tumores raros. Mas tudo tem um preço. “Apenas para uma consulta, teríamos de pagar aproximadamente R$ 145 mil. Se for considerar o tratamento completo, que dura seis meses, precisaríamos arcar com no mínimo R$ 2,2 milhões”, esclarece. Por isso, veio a ideia de fazer a arrecadação coletiva.

Até esta segunda-feira (4) já tinham sido arrecadados R$ 61 mil. “Eu tenho uma certa condição por conta da minha profissão. Mesmo assim, o valor do tratamento é fora da minha realidade. Teríamos de estar em Houston em 2 de julho”, comenta Monique.

Com apenas três meses de vida os pais de Levy descobriram um tumor raro com tratamento apenas fora do Brasil. Monique Batista Nogueira. Lago Sul. 05-06-2018. Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília.

Diagnóstico: o choque inicial

Apesar de ser diagnosticado com um tumor tão raro, Levy não teve problemas durante o nascimento. A médica obstetra Angélica Angelo de Meneses foi uma das responsáveis pelo parto. “Foi uma gestação tranquila. Não notamos nada de anormal. A mãe sempre se demonstrou disposta e dedicada e controlou alimentação durante todo o pré-natal”, diz.

Porém, meses depois, em uma das consultas, Angélica notou um inchaço no rosto do menino. “Era uma espécie de carocinho, edema”, relata. Foi aí que veio o choque.

Com apenas três meses de vida os pais de Levy descobriram um tumor raro com tratamento apenas fora do Brasil. Monique Batista Nogueira e Gustavo Batista Nogueira. Lago Sul. 05-06-2018. Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília.

Após exames de ultrassom e ressonâncias magnéticas, houve a confirmação do tumor maligno. “Logo iniciamos o tratamento de quimioterapia. Mas esse tipo de intervenção é muito pesada para crianças, e acabou não dando certo. Inclusive gerou complicações. Levy teve pneumonia e sofreu uma infecção generalizada”, expõe a mãe.

Todavia, o menino conseguiu superar as adversidades e agora luta contra o tempo na tentativa de ser curado. “Por enquanto, a quimioterapia está servindo apenas para ‘segurar’ o tumor. Mas não sabemos até quando isso dará certo. É uma luta contra o tempo”, completa Monique.

Luta diária

O pai de Levy, Gustavo, é técnico judiciário e já lutou boxe e kickboxing profissionalmente. “Eu digo para muita gente que essa é a maior de todas as lutas que eu já tive. Por isso, procuro viver um dia de cada vez. Às vezes me pego no trabalho pensando na minha família em casa”, admite.

Com apenas três meses de vida, os pais de Levy descobriram um tumor raro com tratamento apenas fora do Brasil. Monique Batista Nogueira e Gustavo Batista Nogueira. Lago Sul. 05-06-2018. Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília.

Serviço
Salvando o Levy

Vaquinha virtual aqui

Mais informações com Monique: (61) 9 9975-7737

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