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Brasília

Cantineiros apelam para popularidade de Ibaneis para retomar pontos fechados

Arquivo Geral

11/01/2019 19h56

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Cantineiros de estabelecimentos fechados em escolas do Distrito Federal apelaram ao governo de Ibaneis Rocha (MDB) a resolução do impasse que se arrasta desde 2017. Pelo menos 240 cantinas foram fechadas por determinação do Ministério Público, que encontrou irregularidades nas licenças de funcionamento concedidas em 2012. O grupo diz que não é contra uma licitação, mas pede preferência para permanência nos espaços.

“A presença dessas famílias de cantineiros nas escolas públicas está autorizada há décadas pelo Estado, portanto, não são invasores, intrusos, oportunistas ou aproveitadores. Agora, se a permanência dessas famílias necessita de maior respaldo legal, que se proceda a busca da construção desses arranjos de legalidade, complementando a legislação”, pede a carta assinada por Vanderlene Pena Veras.

O texto continua, indicando que os trabalhadores “alcançam pequenos lucros”, que seria suficiente apenas para o sustento dos proprietários, sem gerar acúmulo de riqueza. “A ação do Estado neste contexto é certeza de gerador de mais injustiça do que de Justiça, de legalidade e legitimidade”, defende a carta.

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O grupo apela para o perfil de Ibaneis “que se diz popular e distribuidor de renda” para não permitir “que tamanha injustiça seja concretizada”. “Se o Estado retirar os cantineiros com o objetivo de realizar novas licitações visando, assim, democratizar as permissões ou concessões, poderá, na prática, abrir os flancos para que essas cantinas caiam nas mãos de grandes empresas, gerando ainda mais desigualdade na sociedade”, apela a categoria.

Veja a íntegra abaixo:

Nesta sexta-feira (11), parte do grupo esteve em reunião com um assessor do governador após protocolar um pedido para que fossem recebidos. O combinado é que eles retornem ao Palácio do Buriti na segunda-feira, para nova tentativa de diálogo.

 

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