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Brasília

Brasília já tem três gerações de cidadãos nativos

Arquivo Geral

21/03/2019 11h11

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília/Cedoc

Prestes a completar 59 anos, a capital federal já celebra gerações nascidas em Brasília. Os brasilienses são a maioria na população do Distrito Federal. A Pesquisa Distrital de Domicílios (PDAD) 2018, divulgada nesta quarta-feira (20) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), mostra que 55,3% da população nasceu nas próprias 31 regiões administrativas (RAs) do DF. O estudo aponta que a população total do DF, na área urbana, era de 2.904.030 pessoas em 2018.

A PDAD dividiu o DF em quatro grupos de regiões RAs, definidos a partir do rendimento médio de cada localidade. O grupo 1, de alta renda, é composto por Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal. No grupo 2, de média-alta renda, estão Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires. O grupo 3, considerado média-baixa renda, é formado por Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. No grupo 4, de baixa renda, estão Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA – Estrutural e Varjão.

A proporção de brasilienses é ainda maior nas cidades de média (alta e baixa) e baixa renda. No grupo 2, que reúne 922 mil pessoas com renda média domiciliar de R$ 7.299, o percentual de nascidos no DF é de 55,7% e de 55,9% no grupo 4, formado por 307 mil moradores com renda média domiciliar de R$ 2.463. Mas esse índice chega a 58,6% nas cidades do grupo 3, onde estão reunidas 1,2 milhões de pessoas e a renda média domiciliar é de R$ 3.087.

Entre os que moram no Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal, cidades do grupo de alta renda com população de 401 mil pessoas e renda média domiciliar de R$ 15.662, os nascidos fora do DF representam 56,5% da população.

Mineiros na ponta

A maioria dos que vieram de outro estado para o DF nasceu em Minas Gerais (16,1%), Goiás (12,2%) e Bahia (11,1%). A PDAD também mostra que 42,8% dos que chegaram de outros estados para o DF disseram ter se mudado para acompanhar parentes. Na classe mais alta, onde os de fora são maioria, 39,4% relataram que vieram ao DF por causa de trabalho. No Grupo 4, 25,3% da população veio para o DF procurar trabalho.

Desigualdade social

A alfabetização dos moradores do DF é de quase 100%. Um total de 96,8% da população com cinco anos ou mais de idade declararam saber ler e escrever, taxa que se mantém estável nas últimas pesquisas. Além disso, 49,1% das pessoas em idade escolar (entre quatro e 24 anos) responderam que frequentam escola pública.

Os dados também mostram que a desigualdade social persiste no DF. Nas cidades de alta renda, 76,8% da população com mais de 25 anos têm curso superior completo – percentual que cai para 9,9% no grupo de baixa renda. Nessas cidades (Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA – Estrutural e Varjão), a maioria da população (33,9%) tem ensino fundamental incompleto, seguido (32,9%) de médio completo.

A escolaridade se reflete na remuneração. A maioria dos moradores do Lago Sul (30,8%) ganha salário bruto entre R$ 4.470 e R$ 9.540 (cinco a dez salários mínimos), enquanto a maior parte (54,8%) de trabalhadores da Estrutural ganha entre R$ 954 e R$ 1.908 (um a dois salários). Já o rendimento domiciliar mensal da maioria dos moradores do Plano Piloto (29,7%) é de mais de 20 salários mínimos (R$ 19.080), valor pelo menos seis vezes superior ao de um grupo familiar do Varjão, que varia entre R$1.908 e R$ 4.470 – renda domiciliar de 40,7% das famílias da cidade.

“Estamos criando um novo ambiente de negócios no Distrito Federal, com incentivos aos empreendedores e aos empresários”
Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal

Na média, os moradores do DF ganham salário bruto de R$ 3.459,22. Já a renda domiciliar estimada foi de R$ 6.231, montante que resulta em um valor médio por pessoa de R$ 2.526,8 (cada domicílio tem uma média de 3,1 moradores). O valor do salário mínimo considerado foi de R$ 954.

A PDAD também pesquisou se os moradores do DF estão cobertos por um plano de saúde. Enquanto 81,1% da população do grupo 1 têm esse serviço, 86,7% dos moradores das cidades de baixa renda não o possuem. A quantidade de moradores do DF que dependem prioritariamente de hospitais públicos também é expressiva nos grupos de média-alta e média-baixa renda: 51,1% e 81,4% respectivamente.

 

Fonte: Agência Brasília

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