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Brasília

Bolsa Família: maior acompanhamento de beneficiários de Gama e Santa Maria

Em um ano, quantidade de beneficiários do Bolsa Família subiu de 35,86% para 92,7%. Cidades fazem parte da Região de Saúde Sul

Aline Rocha

21/05/2019 12h46

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Da Redação
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O índice de acompanhamento feito aos beneficiários do Bolsa Família aumentou na Região de Saúde Sul, área que engloba Gama e Santa Maria. Os dados, compilados este ano, indica que a quantidade subiu de 35,86% no segundo semestre de 2017 para 92,7% no mesmo período de 2018.

Nessa região, 12.094 pessoas são beneficiadas pelo programa e, dentre elas, 11.211 (92,7%) são acompanhadas pela Secretaria de Saúde. A ideia é incentivar os profissionais das unidades básicas de saúde (UBS) a ter um olhar mais atento a esses pacientes.

Iracy Gomes, coordenadora do programa Bolsa Família da Região de Saúde Sul, o maior número de acompanhamentos foi possível depois de mapeadas as dificuldades dos servidores que atendem a região. “Eles falavam que não tinham capacitação e não havia um trabalho em equipe. Fiz o projeto com base nessas dificuldades e, conforme melhorava o desempenho, eles eram premiados, seja com produtos do comércio local, que são colaboradores nossos, até bolsas de pós-graduação”, explica.

 

Capacitação

“No ano passado, capacitamos quase mil servidores na agenda do programa Bolsa Família, incluindo todas as categorias, de médicos a agentes comunitários de saúde. Foi um ano em que a capacitação foi muito intensiva”, ressalta Aline Couto, gerente de Atenção à Saúde de Populações Vulneráveis e Programas Específicos (Gaspvp) da Secretaria de Saúde.

Outros pontos que contribuíram para a ampliação dos acompanhamentos foram as mudanças na plataforma do Bolsa Família, onde os dados dos prontuários dos pacientes do DF migraram, com mais facilidade, para o banco de dados do sistema federal; e a expansão da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), que subiu para até 65% no fim de 2018.

“Quando se faz o acompanhamento regular das famílias mais vulneráveis, pode-se melhorar outros índices em conjunto, como o de amamentação, o aumento no número de consultas, de pré-natais, desnutrição e obesidade”, pontua Couto.

 

Avaliações

Além de aferir os dados obrigatórios de crianças de até sete anos de idade e mulheres de 14 a 44 anos, a intenção é que todos os membros da família passem por avaliações constantes relacionadas a temas diversos, como gravidez, saúde bucal e planejamento familiar.

Os cuidados vão além da manipulação de remédios ou de uma consulta médica. Eles podem começar com uma conversa mais descontraída, um diálogo aberto que, muitas vezes, o paciente não teria em casa. “Estabelecer vínculo entre profissionais e pacientes é essencial. Um passo importante para isso foi quebrar o preconceito com o Bolsa Família. Mostrar que os atendidos são famílias carentes que precisam de um olhar diferenciado. Um grande sucesso foi conseguirmos impregnar essa ideia entre os servidores”, explica Iracy Gomes.

 

Programa

O programa foi criado pelo governo federal por meio da Lei n° 10.836, de 9 de janeiro de 2004, para contribuir com o combate à pobreza e à desigualdade social, via transferência de renda condicionada ao cumprimento de compromissos ligados à educação, à saúde e à assistência social.

 

Com informações de Agência Brasília

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