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Brasília

Bilhete único fica só como uma promessa do governo Rollemberg

Arquivo Geral

23/11/2016 7h00

Bilhetes do metrô serão vendidos por máquinas de autoatendimento a partir do ano que vem. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Promessa de campanha do governador Rodrigo Rollemberg, a implementação do bilhete único é um mecanismo que fica cada vez mais distante. Principalmente agora, com o plano do Governo do DF de instalar terminais de autoatendimento para vender os bilhetes do Metrô-DF pelos próximos cinco anos. Quando ainda tentava conquistar os votos dos brasilienses, o chefe do Executivo prometia a integração total de ônibus, metrô e BRT para o primeiro ano de governo. Já está no fim do segundo ano e não existe nem sequer prazo para que a implementação ocorra, embora o governo ainda insista na promessa.
“A questão da mobilidade urbana é da maior importância”, discursou Rollemberg, em sabatina no Jornal de Brasília, no fim do mês de julho de 2014.

Saiba mais

  • O modelo prometido para o Distrito Federal seria semelhante ao já em uso em São Paulo, onde o bilhete único diário dá direito a realizar até quatro viagens em três horas pagando apenas uma tarifa.
  • Os bilhetes paulistas ainda podem ser de uso diário – em que é possível fazer até 15 viagens no período de 24 horas contínuas, contadas a partir da primeira utilização; semanal – com 15 viagens por dia pelo prazo de uma semana ; e mensal – com direito a 15 viagens por dia, no período de 31 dias .
  • Em maio, a Secretaria de Mobilidade lançou o Circula Brasília, que, entre outras ações, prevê o bilhete único. Prazo, não tem.

Quando o candidato que disputou o segundo turno com ele, Jofran Frejat (PR), lançou o programa de tarifa de ônibus a R$ 1, o governador insistiu na promessa da integração. “Uma senhora que mora no Sol Nascente e trabalha na Asa Norte, por exemplo, pega o micro- ônibus e vai até o metrô. Vai até a Rodoviária e, lá, pega um circular para a Asa Norte. Com um bilhete só, ela vai pagar muito menos. Isso foi planejado. Vai ser muito melhor, como tem sido em outros lugares do Brasil”, disse, em debate com Frejat.

Na prática, no entanto, nada disso ocorreu. Muito pelo contrário. O governador aumentou a tarifa do metrô aos fins de semana e feriados, passando de R$ 2 para R$ 4.

Bem diferente do que dizia durante a campanha: “O custo das passagens de transporte público será reduzido. Não tem como adotar a tarifa zero, medida proposta pelo meu partido (PSB), pois eu não saberia o impacto nas contas públicas”, prometeu, antes de garantir que, “ainda no primeiro ano de governo, implantarei o bilhete único em todo o DF”.

Intenção

Em nota, a Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal informou que, atualmente, há um cartão de integração de todos os modais de transporte. Mas que “está sendo estudada a implantação do bilhete único, que contará com nova tecnologia e rede integrada, com o objetivo de gerar mais eficiência, economicidade e transparência para o sistema”.

A pasta reitera que o governo “tem a intenção” de implementar o sistema. E, quando questionada se há impedimento por parte das empresas de ônibus, por exemplo, para a instalação do modelo, a Mobilidade diz que não. “A secretaria está conduzindo um estudo para efetivar a integração da bilhetagem do sistema de transporte do Distrito Federal, o que permitirá a implantação do bilhete”, diz o texto.

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