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Brasília

Atleta perde os movimentos e promove corrida para custear tratamento

Arquivo Geral

13/07/2018 17h35

Atualizada 16/07/2018 13h26

Myke Sena/Jornal de Brasilia.

Tainá Morais
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Persistência, fé e vontade de viver. São essas as palavras chaves para descrever a corredora e professora de educação física Renata Miranda Rangel, de 37 anos.  Ela perdeu os movimentos após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, em fevereiro de 2015, devido ao uso de anticoncepcionais. Agora, familiares e amigos de Renata mobilizam-se para arrecadar R$ 200 mil,  por meio de uma corrida de rua, para que a educadora faça o tratamento de aplicação de células-tronco, na Tailândia, e volte a ter uma vida plena.

Casada e mãe de dois filhos, a professora procurou ajuda em um hospital particular de Taguatinga após sentir fortes dores nos braços. Na ocasião, ela foi medicada com analgésico e diagnosticada com “crise nervosa”. Para o marido de Renata, Rodrigo Bobrov, a negligência médica contribuiu para que o caso agravasse.

“Quando se tem um AVC isquêmico, o paciente deve ser medicado até quatro horas depois. A Renata, porém, só recebeu o devido tratamento 18 horas depois, quando decidiram fazer uma ressonância”, explica o analista de sistemas.

Atualmente, a atleta, que chegou a ficar 81 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), faz fisioterapia para recuperar os movimentos e tem no marido, além de porta-voz, um grande aliado para sua total recuperação. “Renata era corredora de rua, corria 15 km todos os dias, e tenho certeza que vamos vencer essa etapa. Não podemos desistir!”, enfatiza Rodrigo.

Células-tronco

Cerca de três anos e meio após o fatídico dia, Rodrigo começou a pesquisar novos métodos para tentar reverter o quadro e acelerar a recuperação da esposa. Foi aí que encontrou a intervenção com células-tronco no Instituto Beike Biotechnology, na cidade de Bangkok (Tailândia).

O tratamento existe no Brasil, mas, segundo o Ministério da Saúde informou ao Jornal de Brasília, só é possível a aplicação de  oito milhões de células-tronco por injeção. “A legislação da Tailândia permite aplicar o maior número possível de células-tronco, são mais de 120 milhões para cada uma das seis injeções”, explica Rodrigo.

O tratamento, apesar de não garantir a cura, oferece ao paciente uma melhora impressionante. “Tem um conhecido que voltou da Tailândia neste mês. Ele não falava e não se movimentava. Ao fazer a aplicação, porém, está apresentando melhora constante em todos os sentidos”, disse, confiante.

O laudo de Renata foi encaminhado ao hospital, na Ásia, e ela já recebeu a carta de aceitação, o que significa que os médicos acreditam na possibilidade de melhora.

#BoraCorRÊ

Para conseguir custear o tratamento, Renata precisa arrecadar R$ 200 mil para arcar com a aplicação das células-tronco, hospedagem e acompanhamento durante 26 dias. Para isso, o casal decidiu organizar uma corrida beneficente .

Batizada pela atleta como #BoraCorRÊ, a corrida será realizada no dia 5 de agosto, a partir das 7h, no Parque da Cidade. Para participar, basta fazer a inscrição AQUI e efetuar o pagamento de R$ 49,90. Quem não quiser correr, poderá fazer o percurso caminhando. Além disso, o evento contará com uma tenda de oração para que os populares orem pela recuperação da professora.

Todo o valor arrecadado será investido no tratamento de Renata. A expectativa é conseguir quatro mil inscritos para arcar com o total de despesas da viagem. Há 22 dias para o evento, há cerca de 2.300 inscrições concluídas. Otimista, a família acredita que até o dia 1º, data que encerra a campanha, haverá o número necessário de inscritos. “Tivemos um retorno muito bom. Graças a Deus, as pessoas ficaram dispostas a nos ajudar e estão participando”.

Myke Sena/Jornal de Brasilia

Patrocinadores 

Querendo ou não, a família ainda não adquiriu o montante necessário para custear a corrida que acontece em breve. Atualmente, Rodrigo arca com as despesas das camisetas e medalhas. “Cada camiseta custa R$ 15 e a medalha R$6. O total desses acessórios é de R$ 63 mil, aproximadamente. Por isso, precisamos de mais patrocinadores, de pessoas que possam nos ajudar”, salienta.

Além disso, o grupo ainda precisa fazer a identificação dos inscritos e arcar com água e frutas. Afinal, Renata sabe bem o que um corredor gosta.

Vamos ajudar?

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