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Brasília

Após agressões, idosa pede à Justiça que retire neta de casa no Recanto das Emas

Arquivo Geral

20/04/2017 7h00

Atualizada 19/04/2017 22h19

Foto: Divulgação

Impotente diante de um problema do qual se tornou vítima, uma mulher de 64 anos entregou nas mãos da Justiça seu próprio destino e o de uma das netas, de 14 anos. Beatriz (nome fictício) seria usuária de drogas e agrediu e ameaçou a idosa, o que levou a adolescente a ser apreendida. Até o fechamento desta edição, a mulher aguardava ansiosamente o resultado da audiência que decidiria se a garota seria internada ou voltaria para casa. A familiar torce para que seja a primeira opção.

A agressão ocorreu no Recanto das Emas na noite de terça-feira. A Polícia Militar foi acionada por moradores da região, que afirmavam que a adolescente estava ameaçando a idosa de morte. Numa discussão acalorada, a mulher pegou uma vassoura para bater na jovem, e o objeto logo quebrou no decorrer da situação. A menina, então, teria pego um dos pedaços para revidar a atitude.

Beatriz não conta com a presença dos pais em seu crescimento, tarefa que acabou atribuída à avó. Além de ter envolvimento com drogas, ela já teve passagens na polícia por furto e roubo. Depois da confusão de terça-feira, foi encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente II e por ali permaneceu, pois a avó, que foi muitas vezes tirá-la do local, não quer mais a neta dentro de casa.

A mulher declara que não vê a possibilidade de ficar com a menina, mesmo sendo o desejo da Vara da Criança. “Eles dizem que eu sou a responsável legal dela, mas eu não sou”, rebate.

Ela se diz frustrada com o fato de a menina não querer “mudar de vida”. “Já tem um mês que fiz a matrícula dela na escola, mas ela não apareceu. Não dá para conversar, pois em casa ela sempre parte para a violência”, alega.

Segundo a nora da idosa, o relacionamento que as duas têm não se assemelha a uma relação comum entre avó e neta, porque já está muito desgastado. Então, as duas esperam que a adolescente fique detida. “É a terceira passagem dela pela polícia e ela já ameaçou de matar a avó mais de uma vez. Nós não a queremos solta”, desabafa.

A vítima da agressão é responsável legal pela jovem, mas a Polícia Civil do Distrito Federal confirmou na ocorrência que, temendo pela integridade física, ela se recusou a receber a jovem.

(Colaboraram Amanda Karolyne e Manuela Rolim)

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