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Brasília

Amy Lee adianta parte do repertório do show do Evanescence na capital

Arquivo Geral

19/04/2017 7h00

Foto: Divulgação

Eric Zambon
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Amy Lynn Hartzler é muito boazinha para ser uma estrela do rock. O visual gótico dos videoclipes que protagoniza e as letras sombrias sobre rejeição e alcoolismo, dentre outros temas, não combinam com quem atende o telefone e anuncia: “Sou eu, pode falar!”, seguido por uma risada descontraída.

No palco, porém, com maquiagem pesada e penteados exóticos, ela se transforma em Amy Lee, a frontwoman do Evanescence, e não deixa margem para contestações: é a voz e a alma da banda de metal norte-americana que estourou há 14 anos. Para o primeiro show da temporada, a cidade escolhida foi Brasília, no espaço NET Live, onde toca amanhã, a partir das 22h. Será a quarta passagem do grupo pelo Brasil, mas a primeira vez no DF.

Saiba mais

  • O último setlist apresentado pelo Evanescence foi em um show na cidade de Huntington, estado de Nova York, nos EUA, em 23 de novembro de 2016. Na ocasião, a banda tocou 20 faixas, incluindo um cover com roupagem mais pesada de Dirty Diana, de Michael Jackson.
  • Desde que ganhou notoriedade, com o lançamento do debut Fallen, em 2003, os sucessos Bring Me to Life e Going Under estiveram presentes em todos os shows da banda. Portanto, devem ter presença garantida na apresentação de amanhã.

“Não temos referências sobre a cultura específica daí (de Brasília), mas adoramos ir ao Brasil”, generaliza a vocalista. Ela só pôde conversar com o Jornal de Brasília em 2 de fevereiro, devido à agenda corrida. Além do filho de dois anos, escreve trilhas sonoras para filmes e toca projetos paralelos, como o álbum infantil Dream Too Much, lançado em agosto de 2016.

À época da entrevista, ela admitiu não ter noção de qual setlist prepararia para o show no DF, mas foi simpática com a reportagem. “O que você gostaria que tocássemos?”, brincou. Ao falar sério, ela deu a pista que as faixas apresentadas na The Ultimate Collection, coletânea lançada em dezembro último, podem figurar no repertório.

No trabalho em questão, os sucessos dos CDs Fallen, de 2003; The Open Door, de 2006; e Evanscence, de 2011, se misturam a músicas perdidas do EP Origins, material semiamador de antes de a banda estourar. Em Origins, havia, por exemplo, a primeira interpretação do hit My Immortal e a versão bruta da agitada Whisper.

Amy Lee já confessou ter sentido vergonha dessas composições do início da carreira, mas afirma ter superado isso. “Fiz muitas músicas das quais me orgulho e estabeleci o que posso fazer. Não preciso ter medo de compartilhar as coisas antigas. (Para a turnê) tentaremos coisas que não tocamos em dez anos”, diz. Assim, faixas como Even in Death, de Origins, e Haunted, de Fallen, devem surgir na apresentação de amanhã.

Nos últimos seis meses, a banda se dedicou ao lançamento da coletânea e não produziu nenhum material novo. A única música nova desde 2011 é a faixa Take Cover, também presente em algumas apresentações de 2016. Devido à falta de um álbum inédito, o grupo foi bastante cobrado por fãs e mídia, mas, aparentemente, isso não é algo ruim.

“É incrível que as pessoas ainda queiram me ouvir. Elas desejam a nova criação do Evanescence e isso é ótimo”, alegra-se Lee. Apesar da tranquilidade, ela está trabalhando em um novo CD. “Ter uma ideia, se inspirar e fazer um álbum é um grande presente. Estou muito criativa e trabalhando em novas músicas e pensando em mais composições”, assegura.

Festivais e mundo particular

Depois de Brasília, a banda segue para o Vivo Rio, na Cidade Maravilhosa, neste sábado, e encerra as apresentações no Brasil com show no Espaço das Américas, em São Paulo, no domingo. Será a primeira vez em oito anos que o Evanescence não participará de festivais ao desembarcar no País. Em 2012, foi headliner do Ceará Music; em 2011, esteve no Rock in Rio; e em 2009, participou do Maquinária Festival, na capital paulista.

“Tocar em festival é legal porque a gente toca para quem nunca nos viu e é um desafio legal. Mas é uma loucura porque são muitas bandas e não tem checagem de som”, pondera Amy Lee.

Ela se diz contente por poder fazer apenas apresentações solo em terras tupiniquins desta vez. “Gosto dos nossos shows sozinhos porque é como nosso mundo particular, o mundo do Evanescence, e podemos fazer do nosso jeito”, anima-se.

Hoje o grupo é composto por Amy (vocal e piano), Terry Balsamo, Jen Majura e Troy McLawhorn (nas guitarras), Tim McCord (no baixo) e Will Hunt (bateria).

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