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Brasília

Alunos da UnB criam ‘Uber’ da educação

Arquivo Geral

14/03/2017 7h00

Foto: Ariadne Marçal

Amanda Karolyne
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Na mesma linha de aplicativos como o Uber, surgiu em Brasília o Colmeia, um sistema para aulas particulares. Por meio dele, o usuário seleciona a disciplina, a data e o local, que normalmente é na própria casa. Depois de ter acesso ao currículo e às notas de cada um dos 53 professores cadastrados, o estudante pode escolher o que mais lhe agradou. O aplicativo ainda conta com a opção de comentar o tema em que há mais dúvidas.

O programa foi criado por quatro estudantes de Engenharia da Computação e de Redes da Universidade de Brasília (UnB): Tiago Pigatto, 24, Mateus Pigatto, 19, Marcos Guo Yan, 24 e Matheus Rosendo, 22. Partiu de uma ideia de Marcos, que queria muito empreender aliando aulas particulares e tecnologia. Ele e Tiago já deram aulas particulares no passado e sentiram necessidade de passar um feedback aos pais e alunos. A solução veio tanto disso quanto da segurança de conhecer quem é que está dando as aulas. “Todos os professores passam por um processo de checagem de background tanto civil quanto criminal”, explica Tiago.

Saiba mais

  • As aulas abrangem as faixas educacionais desde o Ensino Fundamental 2 ao Ensino Médio. Mas, com a nova versão do aplicativo, os empreendedores também oferecem aulas de idiomas como inglês, espanhol e francês para todas as idades. E, se tudo der certo, estão com planos para no segundo semestre, expandir para Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).

A bancária Eliane Fleury conheceu o app por meio de um amigo e agora marca as aulas da filha Aline, 14. “Sempre olho o perfil dos professores e, além da segurança, consigo escolher aquele que aparenta ser o melhor para o que ela precisa”, conta. Ela destaca que é uma vantagem ter professores de todas as disciplinas. “O grande diferencial entre usar o aplicativo e o serviço convencional é que sempre tem horário. Já o acessei às 21h para agendar para o dia seguinte às 14h”, diz.

O nome Colmeia vem do senso de comunidade e de união. “Como a gente é uma economia colaborativa, todos precisam estar alinhados para fazer o negócio girar”, conta Marcos.

Lembrando da ideia de coletividade, Tiago acrescenta a questão da parceria com os professores: “A gente trabalha de um lado, eles de outro, mas todo mundo trabalha num benefício mútuo, que é o bem que uma colmeia representa”. O preço delimitado é de R$ 50 a hora/aula, sendo R$ 30 repassados aos docentes.

Além dos 53 professores cadastrados, 600 estão na lista de espera. A seleção é rigorosa. No catálogo, há mestrandos e doutorandos, principalmente da UnB. “Se abrimos um cadastro livre, alem de diminuir a qualidade do app, não conseguiremos assegurar a qualidade do professor”, pondera Tiago.

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