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Brasília

Alunos bloqueiam entrada de prédio na UnB em protesto contra cortes na instituição

Arquivo Geral

15/08/2017 10h05

Lucas Móbille/Jornal de Brasília

Em um protesto contra o cortes orçamentários e pela revogação da demissão de funcionários terceirizados, estudantes da Universidade de Brasília (UnB) ocupam, desde a noite dessa segunda-feira (14), o Bloco de Salas de Aulas Sul (BSAS), próximo ao Instituto de Ciências Sociais (ICC). Com cadeiras empilhadas, os manifestantes bloqueiam o acesso ao prédio, impedindo a entrada de alunos e professores.

Em uma nota divulgada em uma rede social, a organização detalha a pauta do movimento. “Contra o marco temporal, contra os cortes na educação e fechamento da universidades, pela revogação das demissões de terceirizadas/os e a falta orçamentária da UnB”. Entre os cursos afetados pelo ato, estão psicologia, matemática e agronomia.

No início deste mês, funcionários técnico-administrativos, professores e alunos paralisaram as atividades na instituição para participarem de um ato contra o corte de recursos e a demissão de trabalhadores. A mobilização discutiu o futuro das universidades públicas brasileiras diante das reduções orçamentárias. Após o governo cortar 45% dos recursos, as instituições romperam programas e contratos. A dificuldade no pagamento de contas é uma realidade.

O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Mauro Mendes, afirma que a UnB teve um déficit de R$ 80 milhões. “Nós queremos dialogar com a administração superior para mostrar que a demissão desses funcionários prejudicará o funcionamento da universidade”, explica.

Só na UnB, são cerca de 2 mil funcionários terceirizados. Com os cortes, cerca de 270 estão cumprindo aviso prévio. Limpeza, transporte, manutenção e segurança serão prejudicados. A funcionária do serviço de limpeza Josefa Pereira só vai trabalhar até o dia 9 deste mês e se mostra sem perspectivas sobre o futuro. “Imagina uma mulher na minha idade, com 52 anos, desempregada. O que eu vou fazer?”, desabafa.

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