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Brasília

Adolescente que atacou escola desafia polícia em rede social

Arquivo Geral

02/02/2018 10h06

Pedra foi usada para quebrar vidros. Cadeiras bloqueiam portas porque cadeados são sempre violados. Foto: João Stangherlin

Investigadores da 24ª Delegacia de Polícia identificaram os adolescentes que roubaram carros, celulares e carteiras de funcionários da Escola Classe 56, na QNO 18, em Ceilândia. O crime ocorreu no dia 29. Segundo a Polícia Civil, cinco menores participaram do crime – três deles são ex-alunos da escola e moram na região.

De acordo com o apurado, trata-se de G.M.N., de anos 17; W.M.P., 14; W.L.L.J., de 16; G.R.G.S., 15 e M.O.C, de 17 anos. A PCDF constatou que todos fazem parte da Gangue da QNO. Já havia, inclusive, um mandado de busca e apreensão contra o primeiro adolescente. Ele foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Com o menor, os policiais recuperaram os objetos pessoais de uma das vítimas.

Um dos adolescentes chegou a desafiar a polícia ao publicar um comentário em uma rede social. O suspeito afirmou que o grupo não seria encontrado e que poderia atacar novamente a escola.

Reprodução

No dia do crime, um dos adolescentes bateu na porta da unidade pedindo água. No momento em que um funcionário abriu para atender o rapaz, ele e os comparsas invadiram o local. Eles roubaram dois carros: um de uma diretora e outro de uma professora. O garotos também levaram celulares e carteiras dos demais funcionários. Os veículos foram recuperados logo depois pela Polícia Militar.

A Escola Classe 56 tem 750 alunos de até 12 anos. Ela fica a menos de um quilômetro da 24ª Delegacia de Polícia Civil e do 10º Batalhão de Polícia Militar. Isso, porém, não impede os casos constantes de crimes. Segundo a direção da instituição, foram três em três semanas: vidros quebrados no refeitório, cilindros de gás avaliados em R$ 2,5 mil furtados e, o mais recente, assalto com restrição de liberdade.

Fixado no muro, um cartaz avisa que as atividades estão paralisadas “até que o governo tome medidas cabíveis para resguardar a segurança de todos”. “Estamos com medo, até para trabalhar. Não dá para garantir nossa segurança, dos alunos, pais ou toda a comunidade escolar”, diz a supervisora Cláudia Almeida, que trabalha há mais de uma década no local.

“Diante da realidade da falta de segurança (os servidores), não retornarão com suas atividades normais enquanto as autoridades não tomarem as devidas providências e ofertarem a garantia de vir trabalhar e poder retornar com segurança às suas casas”, diz outro cartaz que pede uma escola segura. A comunidade usou dinheiro arrecadado na festa junina para instalar alarmes, mas o recurso não foi suficiente para abranger todo o perímetro ou colocar câmeras de segurança.

Oficialmente, a Secretaria de Educação diz que a segurança do espaço será reforçada para o início das aulas, com apoio do Batalhão Escolar, mas afasta a possibilidade de atraso no início das aulas.

Professores e mães de alunos podem providências contra as ações constante dos bandidos. Foto: João Stangherlin

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