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Brasília

Preconceito ainda é tabu para combate ao câncer de próstata

Arquivo Geral

17/11/2018 7h00

Atualizada 16/11/2018 21h34

Divulgação

Da Redação com Assessorias
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O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do de pele não-melanoma. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é que, somente em 2018, sejam diagnosticados mais de 68 mil novos casos da doença. Além da desinformação e demora no diagnóstico, o preconceito da população quanto à consulta com urologista e o exame para o diagnóstico da doença, ainda são fatores que contribuem para o combate à doença.

Novembro é o mês de dedicação especial à saúde dos homens. Neste sábado (17) é celebrado o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata. A data é lembrada em meio ao Novembro Azul, iniciativa mundial que busca ainda desconstruir o preconceito dos pacientes quanto à consulta com urologista e o exame para o diagnóstico da doença.

“O homem acredita que, ao consultar o médico e ser submetido ao exame da próstata, estará colocando em xeque sua masculinidade, esse preconceito é reforçado ainda, por piadas e brincadeiras no ambiente do trabalho, entre amigos e até parentes próximos”, aponta Rafael Buta, médico urologista oncológico.

O especialista ressalta ainda que dois em cada dez pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em fases mais avançadas da doença, o que torna o tratamento ainda mais difícil. Ele reforça que a principal forma de prevenir o câncer de próstata ainda é com detecção precoce.

A partir dos 50 anos todo homem deve consultar um urologista regularmente para uma avaliação individualizada. Por meio desta avaliação inicial, que inclui análise dos fatores de risco, o profissional poderá definir a periodicidade de realização dos exames.  Dosagens do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o exame físico da próstata são fundamentais ressalta Buta.

 “Quando a próstata sofre algum dano, seja ele decorrente de inflamação, infecção, crescimento benigno ou surgimento de câncer, o PSA é detectado em valores mais altos no sangue”, comenta.

Caso o PSA e o exame físico estejam alterados, o urologista solicita uma biópsia da próstata. Nesse procedimento são retirados fragmentos da glândula e analisados pelo patologista. Somente assim é possível afirmar com certeza o diagnóstico do câncer de próstata.

Apesar da gravidade, na maioria das vezes, a doença tem instalação e desenvolvimento lento. Nas fases iniciais o paciente não apresenta sintomas relacionados ao câncer de próstata, porém com o passar do tempo, o tumor cresce e pode ocasionar sangramentos, obstrução do jato urinário e dor na pelve.

Rafael Buta, Urologista/Foto: Divulgação

Tratamento

A escolha do tratamento adequado deve ser individualizada e definida em consulta sobre os riscos e benefícios do tratamento. Entre as possibilidades estão a  cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais). Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal.

Em Brasília, o Hospital Santa Luzia (HSL)  é referência no tratamento de problemas urológicos com a cirurgia robótica. Com mais de cinquenta prostatectomias realizadas, a tecnologia, consolida a prática da cirurgia com procedimentos minimamente invasivos ao paciente.

“É um avanço importante para a atenção à saúde da população. Dispor de uma técnica moderna e dar ao paciente o direito de ter uma intervenção menos invasiva e um acompanhamento desde o inicio até o pós-operatório é realizado”, comemora o urologista Diogo Mendes, da Rede D’Or São Luiz.

 

 

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