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Asa Norte aquece os tamborins

Arquivo Geral

18/01/2006 0h00

Às vésperas do Carnaval, a banda brasiliense Quilombo Soul começa a esquentar o barracão da Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte, todas as quartas-feiras. Hoje, a partir das 21h, a banda convida o grupo de hip hop Raciocínio Cruel pelo Projeto Quarta Barracão, que tem por objetivo arrecadar fundos para o Carnaval, tornando possível o desfile da escola no sambódromo da cidade. O show será no barracão da escola, ao lado do Minas Tênis Clube.
Antes e depois do show, o DJ Dom Pablito agitará a pista de dança com os mais variados estilos. De acordo com o produtor da banda Quilombo Soul, Daniel Pedrecal, antes do show será ministrada uma oficina de percussão. “A aula será de 21h às 22h, sob direção do Leão e do diretor da escola de samba, Robson. Perto do Carnaval, os alunos que se destacarem integrarão a bateria da Acadêmicos da Asa Norte”, informa o produtor. As oficinas serão realizadas com o material da escola de samba. Quem for ao show poderá participar.
Apesar da mobilização para o Carnaval, o objetivo de Flávio Leão (baterista), Dred (vocal), Livia Maria (backing vocal) e Desenho (guitarra), integrantes da banda de samba e rock Quilombo Soul, com a direção da escola, é que o projeto perdure o ano todo. “Queremos que o Quarta Barracão sirva como ensaio para a Acadêmicos da Asa Norte o ano todo”, adianta, entusiasmado, Pedrecal.
animaçãoCarioca da gema, Flávio Leão afirma desejar que o Carnaval de Brasília tenha a mesma garra, determinação e envolvimento do Carnaval do Rio. “Sei que não podemos comparar o Carnaval do Rio com o de Brasília, até porque está diretamente relacionado com a questão cultural da cidade; mas, com apoio da comunidade e do governo, teremos um trabalho muito melhor do que o atual”, afirma Leão, que já integrou a bateria da Acadêmicos do Salgueiro.
“Essa parte de carro alegórico, de figurino dentre outras coisas é mais para turista ver”, analisa. “O mais bonito do Carnaval do Rio não é o desfile, mas sim a parte social que eles realizam, o envolvimento com a comunidade e a paixão pelo trabalho. Os cariocas envolvidos no Carnaval, vivem disso e dão a vida por isso. É essa paixão que devíamos ter”.
Para concretizar o sonho, a banda e a direção da escola de samba recorrerão ao Fundo de Apoio a Cultura (FAC), este ano. “Queremos mostrar a grandeza desse projeto”, diz Leão, músico profissional desde 1997.
“Assim como essa oficina de percussão que será realizada, queremos desenvolver trabalhos com crianças de rua e de orfanatos, dando a elas uma oportunidade de se envolverem e se realizarem com a música. Amo música, e vivo dela. Sei que muitas crianças querem e podem ter esse destino, com a nossa ajuda”.

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