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Brasília Assombrada

Uma banda atrás das grades

Brasília Assombrada

03/10/2017 10h00

Por João Carlos Amador

 

No dia 8 de novembro de 1997, os seis integrantes da banda carioca Planet Hemp foram presos em Brasília, logo após um show para 7 mil pessoas no Minas Brasília Tênis Clube. Sob a alegação de apologia ao uso de drogas, o grupo passou quatro dias na Coordenação de Polícia Especializada e na 3o Delegacia do Cruzeiro, em companhia de presos envolvidos em homicídios, estupros e assaltos. Além disso, os discos e fitas da banda tiveram a venda proibida no Distrito Federal, assim como a execução de 14 de suas músicas nas rádios locais.

 

A Sony Music, gravadora da banda, contratou o advogado Nabor Bulhões para representá-los, o mesmo que havia defendido PC Farias em 1994. O então deputado Fernando Gabeira também se mobilizou para ajudar os músicos, indo todos os dias até a delegacia.

 

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Folheto de divulgação do show

Em 2013, o juiz que determinou a prisão, Vilmar Barreto, foi condenado pelo Conselho Especial do TJDF à aposentadoria compulsória, acusado de receber 40 mil para conceder a liberdade a um traficante quando era titular da 1o Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais de Brasília. Com a aposentadoria, o juiz não pôde mais exercer a magistratura, mas continuou recebendo o salário de mais de R$ 28 mil.

 

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