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Brasil

Youtuber Felipe Mastrandéa revela publicamente ser HIV positivo

Arquivo Geral

18/08/2017 9h54

Reprodução/Instagram

Felipe Mastrandéa, famoso na internet por seus vídeos no YouTube sobre assuntos diversos e com abordagem sem pudores, fez uma revelação surpreendente em seu canal. O rapaz revelou publicamente que é soropositivo.

Com mais de 440 mil assinantes, o jovem afirmou: “Me sinto bem o suficiente de expor a minha condição de saúde […] Tem pessoas que são diabéticas, tem pessoas que tem doenças crônicas e eu sou HIV positivo”. Por volta das 9h desta sexta-feira (18), o vídeo contava com mais de 90 mil visualizações.

Mastrandéa disse que está no estágio idetectável do HIV. “Tá na hora das pessoas assumirem responsabilidade sobre si, eu não infecto ninguém pois sou indetectável, e garanto que não ando com uma arma por aí forçando as pessoas a transarem comigo ou as forcando não usar camisinha, isso é escolha delas, assim como a minha”.

Em outra rede social, agora no Facebook, o rapaz postou um desabafo. “Eu vou continuar vivendo minha vida normalmente, sendo sexual ‘promiscuo’ entre aspas, pois isso é debatível em conceitos de moralidade, vou continuar transando com quantos caras quiser da maneira que eu quiser, pois minha saúde só diz respeito a mim e mais ninguém”, escreveu.

Assista

HIV

O HIV é o vírus causador da aids e ataca do sistema imunológico do indivíduo portador. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Segundo o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.

No entanto, segundo o ministério, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2016, o Brasil apresenta uma média de 40 mil novos casos por ano. Até maio de 2017, 511 mil pessoas estavam em tratamento. Outras 332 mil pessoas com HIV/aids não se submeteram ao tratamento e 112 mil indivíduos não sabem que estão infectados.

Entre 2012 e 2016, o Ministério da Saúde já distribuiu 2,5 bilhões de preservativos masculinos, 53 milhões de camisinhas femininas e 118 milhões de gel lubrificante. Em 2016, foram realizados 7,3 milhões de testes rápidos em todo o país. Até junho de 2017, mais de 34 mil pessoas vivendo com HIV/aids fazem uso do medicamento dolutegravir, implementado na primeira linha de tratamento desde setembro de 2016.

Teste gratuito

Em Brasília, quem quiser fazer a testagem para HIV, Sífilis e hepatites virais (B e C) pode procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária do Plano Piloto. Todo o processo é gratuito e sigiloso. O CTA oferece aos interessados a possibilidade de ser acompanhado por uma equipe de profissionais de saúde que orientará sobre resultado final do exame, independente dele ser positivo ou negativo.

Quando os resultados são positivos, o CTA se responsabiliza por encaminhar as pessoas para tratamento nos demais centros de referência da rede pública de saúde. O aconselhamento é uma ação de prevenção que tem como objetivos oferecer apoio emocional ao usuário, esclarecer suas informações e dúvidas sobre DST e HIV/Aids e, principalmente, ajudá-lo a avaliar os riscos que corre e as melhores maneiras que dispõe para prevenir-se.

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