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Brasil

Santander terá de fazer exposições sobre diversidade após fechamento do Queermuseu

Arquivo Geral

11/01/2018 18h49

Reprodução

O Santander Cultural terá de realizar duas exposições sobre diversidade nos próximos 18 meses, por ter cancelado a mostra Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, em Porto Alegre (RS), no ano passado. Isso porque o banco assinou um termo de compromisso consensual com o Ministério Público Federal do RS em 20 de dezembro, que prevê pagamento de R$ 800 mil em multa em caso de descumprimento.

A mostra gerou polêmica depois de membros do Movimento Brasil Livre (MBL) terem incitado seus seguidores a criticarem e boicotarem a exposição, alegando que havia apologia a pedofilia. Posteriormente, isso foi rechaçado pelas autoridades da cidade, mas a repercussão, porém, fez o Santander desistir da iniciativa para evitar a polêmica.

O MPF do Rio Grande do Sul considerou ter havido “lesão à liberdade de expressão artística”, pois a mostra foi cancelada 30 dias antes de sua abertura em Porto Alegre, sem motivo plausível. No termo, o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Enrico Freitas, admite que a empresa não tinha “obrigação ceder seu espaço privado” para o Queermuseu, mas destacou que a não realização revelou intolerância a questões de gênero e orientação sexual.

“Nada mais coerente do que debatê-la por meio de uma nova exposição”, disse ele, por meio da página oficial do MPF/RS. Ficou acordado, então, que em uma das novas exposições, o centro cultural abordará justamente esse tipo de intolerância. Já a outra tratará sobre as formas de empoderamento das mulheres na sociedade contemporânea. Ambas devem permanecer abertas por 120 dias, ainda sem data definida.

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