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Brasil

Labirintite: da tontura ao desmaio

Arquivo Geral

21/06/2016 15h06

Vertigem e tontura são sintomas comuns que, na maioria das vezes, decorre de patologias ou alterações no labirinto – órgão localizado dentro dos dois ouvidos responsável por manter o corpo em equilíbrio. Labirintite é um termo que se popularizou para caracterizar qualquer alteração nesta parte específica do corpo e é uma patologia rara na qual há uma inflamação ou infecção no próprio labirinto. Atualmente no Brasil, cerca de 33% da população sofre com esse problema, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mas a doença é tratável e tem cura. As principais causas para o desenvolvimento da vertigem são a má alimentação e o estresse.

Dr. Bruno Loredo, otorrinolaringologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, comenta que o maior erro dos pacientes é achar que qualquer tipo de tontura está relacionado à patologia. “Achar que todo tipo de vertigem é sintoma de labirintite é um erro muito comum. O paciente usa o remédio para aliviar os sintomas da provável doença, mas pode estar desenvolvendo outra patologia. A recomendação é ir ao médico para saber o real motivo das tonturas”, disse o especialista.

Outros fatores que podem aumentar as chances do desenvolvimento de vertigens é o estresse, falta de sono, má alimentação, alterações metabólicas, tudo isso pode piorar e até levar a um desmaio. “Café, chocolate em excesso, vinho, queijo, cigarro, tudo pode causar vertigem ou piorar os sintomas. É preciso prestar atenção não apenas no que se come, mas também em como se come. Fazer isto sentado à mesa, sem pressa e tranquilamente, diminui o estresse, ajuda a digestão e faz bem para todo o corpo, até mesmo para o equilíbrio”, destaca o médico.

De acordo com Dr. Bruno, outra boa atitude é beber água. “Hidratar-se também é essencial. Beber aproximadamente dois litros de água por dia é fundamental para que todas as reações biológicas do corpo trabalhem normalmente”, aconselha.

TRATAMENTO
A labirintite tem maior frequência no sexo feminino e em mulheres na terceira idade por conta das alterações hormonais como a menopausa, por exemplo. Mas o doutor afirma que existem tratamentos. “É importante investigar o que ocasionou a alteração no labirinto. Além disso, é bom realizar o fortalecimento dele com atividades físicas ou até mesmo a terapia vestibular – uma espécie de fisioterapia para a região da cabeça feita por um fonoaudiólogo. Nela faz-se o estímulo do labirinto com movimentos da cabeça afim de estimular o funcionamento do labirinto e o equilíbrio”, finaliza o médico.

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