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Brasil

Justiça nega indenização por danos morais ao filho de Renato Russo

Arquivo Geral

19/11/2018 19h53

Reprodução/Facebook

Ana Lúcia Ferreira
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A briga familiar dos Manfredini teve um novo capítulo. Nesta segunda-feira (19), a  Justiça do Distrito Federal negou indenização de R$ 50 mil por danos morais e pedido de retratação pública ao filho do músico Renato Russo, Giuliano Manfredini. A ação foi movida contra a irmã do cantor, Carmem Teresa Manfredini, após a divulgação de uma carta aberta em meios jornalísticos e redes sociais, em que ela comentava a decisão do sobrinho em leiloar e se desfazer dos pertences do artista.

Na ação, Giuliano alegou que a publicação causou danos à sua imagem ao expor publicamente questões familiares com seu nome. O jovem ainda afirmou que, por ser o único herdeiro de Renato Russo, as acusações feitas por  Carmem Teresa “de doar bens de seu pai que ‘por direito’ também eram dela e de sua mãe”. Manfredini também afirmou que a tia e os avós, responsáveis por cuidar da herança quando ele ainda era menor de idade, não teriam dado o devido cuidado aos bens do cantor falecido e à Legião Urbana Produções Artísticas.

O magistrado, responsável pelo caso, julgou improcedentes os pedidos e alegou ser  “legítima a manifestação de Carmem Teresa mediante publicação de carta aberta, em especial por se tratar de familiares de pessoa  pública tão relevante no cenário artístico nacional e pela ausência de comunicação direta entre os litigantes”.  Quanto ao conteúdo da carta, entendo que seu conteúdo não foi difamatório.

O juiz reforçou ainda que, apesar das partes não serem pessoas famosas por suas próprias atividades, sujeitam-se à curiosidade popular. Para o juiz, “a exposição da ausência de comunicação das partes e dos conflitos familiares por eles vivenciados, assim como a manifestação de opiniões de terceiros a respeito, não ensejam, per si, a reparação por danos morais, se tratando de aborrecimento razoavelmente esperado de ocorrer na vida de uma pessoa pública que possui problemas de convívio familiar”, disse.

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Outro lado

Carmem Teresa Manfredini, por sua vez, se defendeu das acusações do sobrinho e disse que, junto com sua mãe, Carminha Manfredini, resguardou, de acordo com o possível, o legado de Renato Russo. Ela alegou que,  soube por terceiros e pela mídia sobre o leilão dos objetivos e, que por não conseguir contato com Giuliano produziu a carta.

Entenda o caso

Em abril deste ano foi anunciado que, fãs do ex-vocalista do Legião Urbana, Renato Russo poderiam comprar alguns dos pertences do artista. A possibilidade seria parte de uma doação que Giuliano Manfredini (filho e único herdeiro do cantor) fez de alguns pertences de seu pai ao Retiro dos Artistas, com a finalidade de levantar fundos à instituição.

A atitude do jovem se tornou uma briga familiar pública, depois que Carmen Teresa Manfredini – irmã de Renato – divulgou uma carta aberta à imprensa, em que repudiava a decisão de Giuliano. Na carta, ela relatou que a mãe de Renato Russo, dona Carminha Manfredini sofreu e se indignou com a decisão do neto sob a alegação que a memória física do cantor, preservada pelas duas, desde sua morte em 1996, seria perdida.

 

 

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