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Brasil

Fake news sobre câncer são um desafio para os médicos

Arquivo Geral

05/04/2019 9h43

Divulgação

Ter silicone faz com que a mulher tenha mais chances de ter câncer de mama, existem combinações de remédios de farmácia que substituem a quimioterapia, há cremes, pomadas ou chás que podem curar o câncer. Todas as afirmações acima são falsas, mas são propagadas na internet como verdadeiras. Por isso, a Oncologia D’Or aproveita o Dia Mundial de Combate Câncer (8 de abril)  para alertar sobre o impacto das fake news no tratamento e diagnóstico da doença. Se por um lado a internet facilitou o acesso à informação, por outro apresenta o desafio da veracidade de muitos conteúdos que circulam na web. Como resultado da desinformação, há casos de pacientes que abandonaram o tratamento convencional e o acompanhamento médico por conta de notícias falsas.

Diariamente os médicos precisam lidar com o desafio de mostrar ao paciente que muito do que eles leem na internet não é verdadeiro. A oncologista Lucila Rocha explica que “Muitas vezes o paciente oncológico encontra-se fragilizado pelo diagnóstico e pelas toxicidades do tratamento tornando-se vulnerável às notícias que proclamam tratamentos mais curtos, mais eficazes, mais definitivos e com menor efeito colateral. Muitas vezes são tratamentos ditos “naturais” baseados em dietas radicalmente restritivas ou combinação de ervas medicinais e, portanto, considerados frequentemente inofensivos. Importante atentar que algumas vezes tais tratamentos alternativos, podem não apenas ser ineficazes como também serem tóxicos, seja através de lesão direta a órgãos como o fígado, seja potencializando as toxicidades ou anulando o efeito do tratamento oncológico tradicional”.

Um ponto fundamental é sempre checar a fonte da notícia. Informações adquiridas a partir de sites de hospitais de referência são mais confiáveis. É preciso ter uma postura mais crítica e questionar se aquela informação se baseia em evidências científicas. “Lembre-se sempre, o médico responsável pelo seu tratamento, assim como você, tem grande interesse no restabelecimento de sua saúde e pode ser um grande aliado no esclarecimento sobre a veracidade e benefício de determinado tratamento divulgado nas mídias não científicas. A função do seu oncologista não é a de te julgar pelo tipo de informação que buscou e sim lhe ajudar a descartar aquelas que podem prejudicar sua saúde e a evolução de seu tratamento, agindo de forma empática, afinal nada mais natural do que procurar alternativas que possam melhorar sua saúde em bem estar, desde que isto seja feito de forma compartilhada e responsável”, orienta Lucila Rocha.

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