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Brasil

Caso Daniel: Último suspeito a depor dá nova versão: “intenção era castrar e não matar”

Arquivo Geral

12/11/2018 16h46

Edison Brittes (Reprodução/RPC Curitiba)

Um dos seis suspeitos de participação na morte do jogador Daniel, Eduardo Henrique da Silva prestou depoimento à Polícia Civil do Paraná nesta segunda-feira (12). Segundo ele, o empresário Edison Brittes saiu de casa na manhã do crime, 27 de outubro, com o objetivo de “castrar” o atleta de 24 anos e abandoná-lo na rua, sem matá-lo, segundo informações do advogado de Eduardo, Edson Stadler.

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Stadler afirma que, de acordo com Eduardo, Edison e os outros dois suspeitos de participação no crime, Ygor King, 19, e David Willian da Silva, 18, agrediram o jogador quando ele ainda estava na casa da família Brittes e que eles teriam aceitado participar da “castração” proposta pelo empresário  voluntariamente quando saíram do local.

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“Ele ouviu o Edison falando que o Daniel tinha tentado estuprar [Cristiana], naquele momento, com uma certa comoção, ele participou do espancamento”, afirmou o advogado.

Eduardo Henrique da Silva (Reprodução)

No entanto, ainda segundo o advogado, Eduardo não teria aceitado participar das agressões se soubesse que Daniel seria morto. “Houve um convite do [Edison] Brittes para que eles fossem juntos para segurar o Daniel para que o Edison fizesse a castração. Eles foram espontaneamente, voluntariamente”, disse Edson Stadler.

Fotos e descontrole

De acordo com Stadler, o suspeito disse nesta segunda que, no caminho para a mutilação, Brittes viu mensagens no celular de Daniel em que apareciam fotos de Cristiana Brittes, se alterou e decidiu matar o jogador, que estava no porta-malas do carro. “[Edison Brittes] desceu do carro e já fez o golpe no pescoço [de Daniel]. Tirou o corpo do porta-malas e arrastou”, afirmou o advogado de Eduardo.

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No depoimento, Eduardo disse que Edison Brittes pediu ajuda aos três rapazes para levar o corpo de Daniel até um matagal, mas nenhum deles ajudou o empresário.

Contradição

O depoimento de Eduardo prestado nesta segunda (12), contradiz partes da versão de Ygor e David, os outros dois suspeitos que estavam no carro que levou o jogador até a área rural de São José dos Pinhais.

Segundo Ygor e David, eles não desceram do carro e não viram Daniel sendo esfaqueado. Mas de acordo com o advogado de Eduardo, Edson Stadler, todos desceram do carro e viram Edison Brittes golpear o jogador.

A defesa de Ygor e David sustenta que eles teriam pedido, ainda na casa da família, para que Edison Brittes parasse de bater no atleta. “Eles estavam ameaçados, com medo”, afirmou o advogado Allan Smanioto.

Eduardo Henrique da Silva, que é namorado de uma prima de Cristiana Brittes, é o último suspeito a prestar depoimento. Ele foi preso na quarta-feira (7) em Foz de Iguaçu, onde mora.

Seis pessoas estão presas temporariamente suspeitas de envolvimento na morte de Daniel, incluindo a filha e a esposa de Edison Brittes.

 

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