Nesta semana, uma fila de quase 20 horas para entregar currículos em um mercado no Itapoã escancarou a busca pelo emprego no Distrito Federal. A realidade, porém, não se limita ao quadradinho. Todo o País enfrenta a crise do desemprego e criminosos usam da vulnerabilidade para aplicar golpes, ao anunciar vagas inexistentes. Desta vez, circula pelo WhatsApp uma mensagem falsa que oferece vagas de trabalho para o Serviço Móvel de Urgência (Samu).
No texto, os criminosos oferecem uma remuneração de até R$ 3.348,21 e pedem para que os interessados cliquem em um link para participar do suposto processo seletivo. Além do salário, não há qualquer detalhe da vaga, como localidade e horário.
No desespero pelo emprego, muitos se esquecem de que o Samu é um serviço público e, por isso, para fazer parte da equipe é preciso participar de concurso e atender alguns requisitos. “Algumas pessoas menos atentas acabam ignorando este fato e acessam um dos endereços maliciosos em busca das ‘vagas de emprego’ ofertadas pela campanha”, alerta um comunicado da Eset, empresa especializada em detecção de ameaças.
Entenda como o golpe funciona, segundo a Eset:
Ao acessar o link, a vítima é direcionada para outra página que apresenta uma mensagem informando que o site de destino foi movido para um novo endereço. A nova página pede que dados sejam preenchidos para que o suposto processo seletivo tenha continuidade, não sendo possível prosseguir sem o preenchimento dos mesmos.
Após o preenchimento das informações, a vítima é direcionada a outra página neste mesmo site onde a mensagem exibida solicita que, para que o usuário comprove que não é um robô, a vaga seja encaminhada manualmente para 10 pessoas ou grupos no WhatsApp, prometendo direcionar o usuário a um site onde poderá enviar seu currículo ao final deste processo.
Para aumentar a credibilidade aparente da fraude, diversos depoimentos falsos foram incluídos na parte inferior da página. Todos os comentários estão fixados no código do site e, apesar de se assemelharem a comentários do Facebook, foram forjados.
Analisando o código fonte do site é possível observar uma função que contabiliza a quantidade de vezes que o botão “compartilhar” foi acessado. Ao ser acessado pela décima vez, mesmo que nenhum compartilhamento tenha sido feito no WhatsApp, a vítima é direcionada para um outro site falso. Em testes foi observado que o usuário era direcionado para dois sites distintos.
Após análise de ambos os sites, ficou claro que o objetivo dos cibercriminosos é obter retorno financeiro através de anúncios dispostos em todas as páginas.
Apesar de um dos sites permitir que um cadastro simplório seja realizado, nenhum deles permite que currículos sejam enviados e muito menos exibem informações concretas sobre as vagas ofertadas.
Mantenha-se seguro
Com a crescente incidência de golpes via WhatsApp, manter-se seguro exige atenção constante e atitudes seguras na Internet. A Eset listou abaixo algumas dicas de segurança para que os usuários possam evitar ataques deste tipo:
» Não acesse links que aparentemente sejam suspeitos;
» Procure sempre avaliar a credibilidade e a fonte das informações;
» Não divulgue informações a pedido de sites ou e-mails;
» Evite fazer cadastros em sites pouco conhecidos;
» Tenha fontes de proteção sempre ativas e atualizadas em todos dispositivos que contam com acesso à Internet;
» Tenha cautela ao baixar/acessar qualquer tipo de arquivo na Internet.
Fonte: Da Redação, com informações da Eset